A vocação laical propositalmente é quase sempre inexplicável, mergulha na subjetividade e nas profundezas às vezes rasas e raras de explicações forçadas, incapazes de uma clara e objetiva explicação direta e de direito. Os leigos não sabem como obter o supra-sumo, a essência desta vocação. Mesmo quando o magistério da Igreja está ao nosso favor, contrárias correntes de vento, que ouso compará-las a vendavais formados por gigantes ventiladores, sopram de forma devastadora e para bem distante da nossa fé, a nossa real vocação(...)
Desta forma, os leigos ficam ausentes mesmo estando presentes. Não são gerados, são criados sobre um grande exagero de omissões, e dentre elas a omissão de profetizar. São usurpados e programados para não sentirem a dor eminente de uma vocação madura, que urge renascer por entranhas não prostituídas. Diante de tudo isto algumas interpelações devem ser feitas:
Por qual ventre se concebe a vocação laical? E como ocorre o parto da vocação do leigo?
O que se sabe é que as dores de um parto que não incomodam as estruturas biológicas de uma mulher, que não as fazem agonizar perante um dos mais incríveis acontecimentos da vida, o mais sublime de todos, e que é capaz de contrair em seu favor a conspiração do cosmo, não pode ser sobre hipótese alguma uma plena consumação do amor, pois todo e qualquer processo de vida e em favor da vida deve ser pautado no princípio de que a dor ocasionada no germinar, resulta em profundas transformações, para que possamos compreender a dinâmica da superação de nossos limites enquanto cristãos apaixonados pelos ideais do Reino.
Hoje, permeando o núcleo de nossos encontros, nos deparamos com o conformismo enraizado na política de adequação indolosa, que não exprime profetismo, que afasta-se da audácia, da perspicácia evangélica, vitimando sumariamente a vocação laical, minimizando-a ao pejorativo, enriquecendo o cultivo da ideia supérflua de fé alienante, dando uma nova visão sobre o ser Profeta, uma visão adestrada e manipulável que conduz os leigos entre os limites colocados pela fantasia de amar um Deus Cego, Surdo e Mudo aos clamores do povo sofrido que grita, enxerga e sente dor. Nossos leigos simplesmente passam conformados e generosamente apáticos aos seus reais afazeres na construção do reinado de Jesus que também é o nosso reinado, pois os fizeram perder de vista o seu papel na sociedade, o de ser sal e luz. Leigos e leigas que vivem encadeados pelas fortes luzes dos holofotes que prenunciam os aplausos da hipocrisia.
Leigos incapazes de se apaixonarem pelo peso da cruz e pelo cálice que ainda contém o sagrado sangue ainda derramado por poucos. Leigos proclamando uma libertação à base da sensibilidade imediatista, treinados para adoçar uma sociedade diabética.
Os Leigos que não provocam a dor do parto nas atuais estruturas ideológicas da Igreja e que não agonizam diante de uma realidade morna, ainda não compreenderam que Cristo, fonte de vida, precisa ser evidenciado, precisa nascer de novo causando o incômodo nos corações manipuladores, fazendo nascer com ele uma nova geração de profetas e que estejam a serviço de algo maior, leigos que compreendam que a nobreza do servir não está no carregar dos bancos dos templos ou no esforço físico que se faz ao limpar o chão da igreja.
A Igreja necessita ser toda ministerial, mas com valores iguais. Os leigos precisam se sentir Igrejas atuantes sem interferências manipuladoras, sentindo na pele a paixão de Cristo vivenciada cotidianamente por tantos irmãos e irmãs.
Por Carlos Jardel dos Santos - Articulador diocesano das CEBs
Desta forma, os leigos ficam ausentes mesmo estando presentes. Não são gerados, são criados sobre um grande exagero de omissões, e dentre elas a omissão de profetizar. São usurpados e programados para não sentirem a dor eminente de uma vocação madura, que urge renascer por entranhas não prostituídas. Diante de tudo isto algumas interpelações devem ser feitas:
Por qual ventre se concebe a vocação laical? E como ocorre o parto da vocação do leigo?
O que se sabe é que as dores de um parto que não incomodam as estruturas biológicas de uma mulher, que não as fazem agonizar perante um dos mais incríveis acontecimentos da vida, o mais sublime de todos, e que é capaz de contrair em seu favor a conspiração do cosmo, não pode ser sobre hipótese alguma uma plena consumação do amor, pois todo e qualquer processo de vida e em favor da vida deve ser pautado no princípio de que a dor ocasionada no germinar, resulta em profundas transformações, para que possamos compreender a dinâmica da superação de nossos limites enquanto cristãos apaixonados pelos ideais do Reino.
Hoje, permeando o núcleo de nossos encontros, nos deparamos com o conformismo enraizado na política de adequação indolosa, que não exprime profetismo, que afasta-se da audácia, da perspicácia evangélica, vitimando sumariamente a vocação laical, minimizando-a ao pejorativo, enriquecendo o cultivo da ideia supérflua de fé alienante, dando uma nova visão sobre o ser Profeta, uma visão adestrada e manipulável que conduz os leigos entre os limites colocados pela fantasia de amar um Deus Cego, Surdo e Mudo aos clamores do povo sofrido que grita, enxerga e sente dor. Nossos leigos simplesmente passam conformados e generosamente apáticos aos seus reais afazeres na construção do reinado de Jesus que também é o nosso reinado, pois os fizeram perder de vista o seu papel na sociedade, o de ser sal e luz. Leigos e leigas que vivem encadeados pelas fortes luzes dos holofotes que prenunciam os aplausos da hipocrisia.
Leigos incapazes de se apaixonarem pelo peso da cruz e pelo cálice que ainda contém o sagrado sangue ainda derramado por poucos. Leigos proclamando uma libertação à base da sensibilidade imediatista, treinados para adoçar uma sociedade diabética.
Os Leigos que não provocam a dor do parto nas atuais estruturas ideológicas da Igreja e que não agonizam diante de uma realidade morna, ainda não compreenderam que Cristo, fonte de vida, precisa ser evidenciado, precisa nascer de novo causando o incômodo nos corações manipuladores, fazendo nascer com ele uma nova geração de profetas e que estejam a serviço de algo maior, leigos que compreendam que a nobreza do servir não está no carregar dos bancos dos templos ou no esforço físico que se faz ao limpar o chão da igreja.
A Igreja necessita ser toda ministerial, mas com valores iguais. Os leigos precisam se sentir Igrejas atuantes sem interferências manipuladoras, sentindo na pele a paixão de Cristo vivenciada cotidianamente por tantos irmãos e irmãs.
Por Carlos Jardel dos Santos - Articulador diocesano das CEBs
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