O QUE É CONSELHO DIOCESANO
DE LEIGOS?
O Conselho Diocesano de Leigos
- CNLB/Diocese de Tianguá é um organismo de
articulação, organização e representação dos cristãos leigos em nível
Diocesano. É parte integrante do CNLB/NE I e do Conselho Nacional de Laicato do Brasil - CNLB.
Não se trata de mais um
"movimento" ou "pastoral", mas de um organismo que busca
integrar os movimentos, pastorais e os leigos presentes em outras organizações
eclesiais (paróquias, comunidades, associações etc), organizados em nível
Diocesano, bem como os leigos, inclusive de outras denominações cristãs,
comprometidos com a evangelização e não integrados em grupos apostólicos.
Também não devem ser
confundidos com os Conselhos Diocesanos de Pastoral, dos quais participam não só leigos, mas também o Bispo,
sacerdotes, diáconos e religiosos e cuja função especifica é a de planejar e
executar as atividades pastorais da Diocese. Uma função, portanto,
prioritariamente "ad-intra". Aos Conselhos de Leigos compete antes
articular e organizar a ação dos fiéis leigos para que possam melhor cumprir
sua vocação e missão na Igreja, mas sobretudo no mundo, respondendo aos imensos
desafios do vasto e complicado mundo da política, da economia, da cultura, das
ciências e das artes... . Dessa forma, embora todos os organismos da Igreja
sejam co-responsáveis na evangelização da sociedade como um todo, aos Conselhos
de Leigos é atribuída a tarefa imensa e difícil de transformar, por dentro, as
estruturas sociais que estão a serviço de um sistema excludente e profundamente
injusto, isto significa que sua ação deve ser prioritariamente "ad-extra".
PARA QUE SERVE O
CONSELHO DIOCESANO DE LEIGOS?
Muitas vezes tentamos
justificar a criação do conselho de leigos argumentando que os outros segmentos
da Igreja já possuem sua organização. Fica a impressão de que estamos nos organizando
"contra" esses outros segmentos ou para não ficarmos "por
baixo", quando na verdade nossa organização deve dar-se para, em comunhão
com esses outros setores da Igreja "graças a Deus" já organizados, para podermos realizar a ação
evangelizadora e enfrentar nosso inimigo comum que é um sistema perverso de
exclusão e uma realidade profundamente desafiante para nós leigos, que temos no
mundo, nosso "campo específico de missão". Na tarefa de organizar os
leigos, devemos evitar "uma visão clerical às avessas", tentando criar
uma hegemonia de leigos em substituição à hegemonia dos clérigos. Na verdade
temos é de superar a própria noção de hegemonia, procurando ver a Igreja
"como comunidade, com poderes-serviço". (Igreja comunidade de comunidades
com poderes-serviço)
A organização do laicato se
coloca hoje como uma tarefa imprescindível frente ao imenso desafio que é a
"nova evangelização" proposta pelo saudoso Papa João Paulo II, quando se aproximava o terceiro milênio da era
cristã. Superar os limites históricos do nosso cristianismo, por um empenho
mais profundo na articulação entre fé e vida; pela superação do "mais
devastador e humilhante flagelo" da miséria extrema a que são submetidos milhões
de brasileiros, atingidos por diversas formas de exclusão social, étnica e
cultural" é o grande desafio que nos é proposto. Na verdade, esses novos tempos
nos colocam diante de problemas e dificuldades decorrentes do "indiferentismo
religioso, do ateísmo, do secularismo, do consumismo" cujo enfrentamento exige muita
coragem e organização.
Quais são, então, os objetivos
da articulação e organização do laicato?
· Em
primeiro lugar o de despertar a consciência da identidade, da vocação e missão
dos leigos na busca de uma presença efetivamente transformadora no mundo e na
Igreja;
· Incentivar
a vivência da Igreja-Comunhão, mediante a troca de experiências e vivências
entre os diversos movimentos, pastorais, leigos engajados em paróquias e comunidades,
no respeito mútuo e na busca de caminhos comuns;
· Criar e
incentivar mecanismos para oferecer uma formação integral, gradual e permanente
aos leigos, mediante "organismos que facilitem a "formação de
formadores" e programem cursos e escolas diocesanas...", buscando
capacitar os leigos para que possam responder com mais eficácia aos desafios
que são chamados a enfrentar num mundo profundamente marcado pelo pluralismo,
individualismo, pela "crise ética pública e pelo subjetivismo ético na
vida privada".
· Levar os
leigos a descobrirem e vivenciarem sua espiritualidade nos seus ambientes, à
moda do sal e do fermento;
· Incentivar
a articulação e organização dos leigos nos diferentes níveis da Diocese
(Foranias, Paróquias, Comunidades etc. ) .
· Estimular
a participação permanente dos leigos nos processos de planejamento, decisão e
execução e avaliação da ação evangelizadora da Igreja;
· Representar
o laicato junto aos setores organizados da Igreja Católica e outras Igrejas Cristãs
e da sociedade;
· Fazer-se
presente na caminhada ecumênica, incentivando a ligação e comunhão entre leigos
católicos e de outras Igrejas Cristãs, na base do povo de Deus.
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