CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA - UMA REALIDADE PARA HOMENS E MULHERES DE BOA VONTADE

Uma Campanha com a magnitude de caráter e a abrangência que tem a Campanha da Fraternidade Ecumênica no Brasil, não se pode esperar que nas mais distantes regiões deste imenso país, possa se consumar em toda a sua totalidade, como deseja o episcopado brasileiro e que bom, contar também com outras lideranças cristãs, que se somam à voz deste grito de denúncia, que a Igreja faz ouvir neste mundo emergente e consumista.

De fato, talvez a C.F.E. fique aquém das nossas expectativas, mais será culpa de quem, esta baixa fertilidade?(...)


Talvez seja mais cômodo realmente atirar “as pedras”, do que estender a “Mão Amiga da Solidariedade”. Que exige compromisso!

Realmente a Campanha da Fraternidade é para ‘H’omens e ‘M’ulheres de boa vontade, de compromisso, de engajamento, que almejam um novo despontar, para o dia de amanhã, que pode começar hoje. E que não ficam aí parados, pois a vida é dinâmica e o tempo não perdoa os inertes...

Nos corredores dos templos, de fato existem muitas coisas, mais também Há Vida, e vida em abundância. Nos corredores ela pulsa, não para, corre, afinal é um corredor, os cansados é que ficam a balbuciar alguns disparates, lá atrás, que a distância vai calando, pois lá na frente, só se ouvirá os aplausos aos vitoriosos, ou melhor daqueles que escolheram, mesmo na sua pequenez ou na pobreza do que possuíam, ofertar ao tesouro da Comunidade, seus gestos e sua ação em prol da vida e do Bem Estar comum.

Quem escolheria como seu apóstolo, um Judas Iscariotes, que abusou da confiança ofertada; um André e seu irmão, que distorciam tudo e não entendiam o projeto de Jesus; ou esta trinca de sonolentos como Tiago, João e Pedro, este último, escolhido pra suceder no comando da comunidade. Há, mais é Jesus, sua lógica é de fato, intrinsecamente diferente da nossa. Não estranhe essa Igreja, é assim mesmo desde o início. A Campanha da Fraternidade, como fruto desta Igreja não poderia ser diferente, parece fadada ao fracasso, a não dá certo, mais como fala o grande teólogo de Tasso, Paulo: “É na fraqueza que Deus revela totalmente a sua força”. Olhando assim com os nossos olhos inebriados pelo imediatismo, a busca de resultados plausíveis, etc. não nos apercebemos das transformações ocorridas oriundas das ideias geradas pelos temas refletidos nas campanhas anteriores, que se transformaram em leis e beneficiam as camadas mais desprotegidas da sociedade, dos grupos que se organizaram através das campanhas e conquistaram diversos benefícios, entre muitos outros. Ela chama atenção não só no Brasil, mais no mundo todo. Outro dia eu via na TV, bispos franceses admirados, buscando saber como ela era feita, para também reproduzi-la em seu país e nós brasileiros não a valorizamos.

Os padres no ano passado em Camocim, foram unânimes e contundentes ao afirmarem que: “A Campanha da Fraternidade não tem a pretensão de erradicar ou solucionar os problemas, enfocados em seus temas, mais ser um caminho que leve a reflexão, ao discernimento das suas causas e efeitos, sem esquecer jamais o papel da Igreja de anunciar e denunciar as injustiças”. A esta definição findo minhas palavras convidando a todos “A BUSCAREM MEIOS PARA MELHOR VIVER A CAMPANHA DA FRATERNIDADE EM 2010”.

FÁBIO FONTINELE DE MELO

Um comentário :

CEBS - SE AVEXE NÃO! disse...

Grande Fábio,
concordo em grau número e genêro com vossa colocação, principalmente quando vc menciona a impossibilidade de uma consumação em totalidade, considerando as distâncias deste imenso pais. No entanto, hei de discordar sempre com a possibilidade de uma consumação meramente retórica, por considerar que tal artificio não evangeliza e não significa absolutamente nada contra o imperealismo econômico.

“A Campanha da Fraternidade não tem a pretensão de erradicar ou solucionar os problemas, enfocados em seus temas, mais ser um caminho que leve a reflexão, ao discernimento das suas causas e efeitos, sem esquecer jamais o papel da igreja de anunciar e denunciar as injustiças”.

A afirmação acima ganha generosamente o meu repúdio,pelo fato de revelar apenas a improdutividade, vista que os caminhos apresentados "não são visiveis" e as reflexões aspiram outro significado sem coesão. isto não é uma critica generalizada com intuito de destruir ,mas sim direcionda com rumores de útopia anti-persimista.
Carlos Jardel