-“ASCENSÃO” é
diferente de “ASSUNÇÃO” na escrita e no significado.
-“ASCENSÃO” é o ato
de subir por força própria, pelo próprio poder.
-“ASSUNÇÃO” é o ato
de ser levado para cima, por força de outrem, como aconteceu, por exemplo, com
Elias, que foi levado por Javé num carro puxado por cavalos de fogo durante um
vendaval.
-A “ASCENSÃO”
aconteceu com Cristo.
-O HISTÓRICO DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA:
A Bíblia fala pouco sobre Maria e nada fala sobre seus
últimos dias. Sobre ela falam mais as lendas e os livros apócrifos, por
exemplo, o livro “Trânsito de Maria”. Há duas versões sobre o lugar em que
Maria teria terminado os seus dias. Uns dizem que foi em Éfeso, para onde teria
levado São João Evangelista, aquele que recebeu a guarda de Maria da boca do
próprio Cristo na cruz. Outros dizem que foi em Jerusalém.
A crença de que Maria foi levada ao céu de corpo e alma e de que ela não
sofreu a corrupção do túmulo é antiquíssima na Igreja. Temos menção dela com o
teólogo Nicolau Cabasilas por volta de mil, trezentos e tanto (Vide Frei
Clarêncio Neotti, OFM, in Ministério da Palavra, Ano C, pag. 215). O dogma da
Assunção só foi proclamado em data bem recente, em 1º de novembro de 1950, por
Pio XII. O dogma diz que Maria foi elevada ao céu pelos poderes de Deus.
-MAS A ASSUNÇÃO DE MARIA É BASEADA EM QUÊ?
Ela é baseada no fato diviníssimo de ser ela a Mãe de Deus. Da escolha
de Maria como Mãe de Deus decorrem todas as suas prerrogativas, que são:
1ª) A Imaculada Conceição – Quer dizer que Maria foi
preservada do pecado original (o pecado com que nós nascemos e é apagado pelo
batismo) desde a sua concepção no útero de Santa Ana.
2ª) O poder da sua intercessão – Temos um exemplo:
Nas bodas de
Caná, (João 1-11), faltou vinho no meio da festa: seria uma decepção imensa
para os noivos. Maria, compassiva, foi a seu Filho e com a maneira confiante de
uma mãe, preparou as coisas para o fato acontecer. E, então, contrariando os
seus planos divinos, Jesus atendeu ao pedido da sua Mãe de maneira
extraordinária.
3ª) A sua Assunção ao Céu – Os argumentos básicos que
repugnam a “corrupção do túmulo” de Maria são os seguintes:
a) Se” o Filho de Deus tomou carne da carne de Maria”, não
era conveniente que essa carne sofresse a corrupção do túmulo (Vide Frei
Clarêncio Neotti, OFM, in “Ministério da Palavra” – Ano C – pag. 215).
b) Se a morte e a corrupção do túmulo são castigos do
pecado, como Maria foi isenta do pecado, não era justo que ela sofresse as suas
conseqüências, entre elas a corrupção do túmulo.
-REFLEXÕES:
-Apesar de
silenciosa e humilde, Maria teve o poder de:
-fazer pular de
alegria a criança no ventre de Isabel;
-levar o Espírito
Santo à sua prima Isabel;
-vencer o dragão
cor de fogo e de sete cabeças, que parou diante dela para devorar-lhe o filho.
(Primeira leitura da missa de hoje.);
Mudar os planos
divinos do seu filho Jesus nas bodas de Caná.
Vale a pena conquistar
Maria para atuar como advogada nossa no juízo depois da nossa morte. Ariano
Suassuna, dramaturgo brasileiro nordestino contemporâneo, no seu livro “O Auto
da Compadecida”, mostra o poder da
intercessão de Maria Junto ao Juiz Supremo, o seu próprio filho. Defendendo o
agricultor João, diz ela nesse livro (pag. 184): “João foi um pobre como nós,
meu filho, (palavras de Maria dirigidas a seu filho), teve de suportar as
maiores dificuldades numa terra seca e pobre como a nossa. Não o condene...”
Por Francisco Valmir Rocha - Animação Bíblica de Camocim/CE
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