
Todavia, relembrando o episódio bíblico da transfiguração, é preciso sair do êxtase daquela visão beatífica no Monte Tabor e enfrentar novamente os grandes desafios de nossas cidades e comunidades. Toda assembleia, como bem disse o atual presidente do CNLB – Laudelino Azevedo, é ponto de chegada e de partida, é tempo propício para aprender com os deslizes e erros cometidos e assim, recomeçarmos de uma outra maneira, numa perspectiva diferente, com mais ousadia, menos lamúrias e mais confiança no projeto libertador de Jesus Cristo. Fomos convocados e agora somos enviados a tornar realidade concreta, dando “corpo e concretude” ao que foi discutido e teorizado tantas vezes ao longo desses dias. Creio que essa deve ser nossa postura agora!
As ações elencadas durante a assembleia precisam ecoar e acontecer de fato em nossos regionais, dioceses e paróquias, para que não venhamos a andar em círculos, perdidos numa repetição enfadonha de palavras e ideias. É preciso acabar com a chamada “pastoral da gaveta” tão presente na Igreja hoje. Quantos projetos e iniciativas estão ali esquecidos no anonimato! Além de multiplicadores da XXXI AGO - de seus sonhos e perspectivas - temos que nos apropriar daquilo que é a essência deste organismo chamado CNLB, que nada mais é do que “fazer acontecer o Reino de Deus no mundo com audácia e profetismo”.
Para que sejamos exitosos neste momento de pós-assembleia, precisamos, dentre outras coisas, de “organização e monitoramento”. Acompanhar de perto esses projetos é condição “sine qua non” para que possamos avançar na organização e articulação do laicato em todo o Brasil. Cada comissão é imprescindível nesse processo. Cada uma delas é como uma ramificação ou prolongamento do CNLB nas diferentes áreas de atuação social e pastoral. Imprescindível é fazer chegar essa complexa organização nas comunidades e paróquias mais longínquas, nos mais diferentes rincões desse Brasil continental.
Diante da complexa realidade do mundo hoje, marcado por uma crise sem precedentes, cada um de nós poderia se perguntar: Minha vivência cristã tem conseguido responder às indagações e questionamentos deste mundo contemporâneo, secularizado e materialista? Iluminados e iluminadas pelas luzes e pelo vigor missionário do Concílio Vaticano II, que neste ano celebra o seu quinquagésimo ano de história, descruzemos os nossos braços e sejamos artífices de um novo modelo de sociedade, onde todos tenham acesso aos bens que o Criador destinou para todos, civilização do amor e da fraternidade, expressão concreta do Reino de Deus.
Por César Augusto Rocha - Setor de comunicação do CNLB
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