A XXXI Assembleia Geral Ordinária do CNLB teve início no dia 07 de junho de 2012 (Festa de Corpus Christi) às 14h com o momento de oração inicial coordenado pelo Regional Leste I - Rio de Janeiro - seguindo o ofício divino das comunidades. Depois de uma breve partilha dos momentos mais importantes da caminhada, iluminada pelo texto bíblico extraído de Is 42, 1-9, foi feita a composição da mesa de autoridades, composta da seguinte maneira (...)
- Dom Celso Queiroz – bispo emérito do Laicato - CNBB
- Milton Pereira da Silva Filho (Mano) – presidente do CNLB – Leste I
- Laudelino Azevedo dos Santos – Presidente do CNLB
- Marilza Lopes Schuina – Vice-presidente do CNLB
- Pe. Ângelo - Amapá
Na ocasião, Laudelino saudou a todos os 124 participantes, enfatizando a importância dos leigos e leigas na vivência do Concílio Vaticano II e na construção do Reino de Deus. Durante a sua explanação, citou Santo Agostinho que certa vez numa assembleia afirmou: “Aterroriza-me o que sou para vocês, consola-me o que sou com vocês. Ser bispo para mim é um dever, ser cristão é motivo de salvação”.
Marilza Lopes, por sua vez, pontuou que, a “sacramentalização alegórica da Eucaristia” apresentada pela Igreja, representa poder e luxo, contribuindo para o distanciamento da fé cristã da luta e da caminhada dos pobres.
Dom Celso Queiroz salientou que Jesus Cristo foi também “leigo” e que o processo de evangelização, hoje mais do que nunca, é fruto da ação e da organização dos leigos e leigas, profetas e profetizas do Reino.
Mano, presidente do Regional Leste I, fez a sua saudação de acolhida afirmando que o Rio de Janeiro durante os dias de assembleia, é território nacional de congraçamento das forças vivas da Igreja.
Após a leitura e aprovação do regimento interno da assembleia, houve o intervalo do lanche.
A assessora Eva Aparecida Rezende de Moraes, Rio de Janeiro, fez em seguida a explanação do tema central: “Concílio Vaticano II: sinais dos tempos e o agir cristão”
Objetivo: Buscar o que nos reencanta como leigos e leigas a partir do Vaticano II.
Eis alguns pontos relevantes:
- O Vaticano II encerrou o longo período da Contra-Reforma e da Neo-Cristandade, caracterizado por um modelo de Igreja preocupada em salvar somente as almas e extremamente arraigada á prática sacramentalista;
- Nas primeiras décadas do século XX, a Igreja se apresentava como uma sociedade organizada fundamentada principalmente no papa, nos bispos e padres – modelo hierarquizado. O Concílio prestigiou um outro modelo eclesiológico pautado no protagonismo dos leigos e leigas;
- A famosa frase de Pio X, de 1906: “Só na hierarquia residem o direito e a autoridade necessários para promover e dirigir todos os membros para o fim da sociedade. Quanto à multidão, não possui outro direito senão o de deixar-se conduzir e, docilmente, seguir os seus pastores” – foi completamente suplantada e questionada nos documentos conciliares. O leigo deixou de ser visto não mais como mero objeto da evangelização, mas sim como sujeito e protagonista da ação evangelizadora;
- O Concílio Vaticano II é chamado com razão de “o concílio da Igreja”. De fato, esse concílio não apresentou nenhum dogma, mas centrou sua preocupação em redefinir a ação da Igreja no mundo contemporâneo. Dois documentos desse concílio se tornaram referência indispensável para a reflexão sobre a Igreja: “Lumen Gentium e Gaudium et Spes”;
- Antes do concílio, celebrava-se de costas para o povo, hoje não se celebra mais desta forma, porém, muitas vezes damos as costas para os anseios do povo quando não nos abrimos para a renovação trazida pelo Vaticano II;
O primeiro dia da assembleia se encerrou às 18:30h com um debate sobre o tema proposto e uma celebração eucarística alusiva à solenidade de Corpus Christi.
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Por César Augusto Rocha - delegado do Regional NE I


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