-“A MORTE É UM FIM OU UM NOVO COMEÇO?” (Pe. Nilo Luza, coluna-laranja de O Domingo de 10.04.2011)
Infelizmente, a Ciência, que faz verdadeiros milagres na cura das doenças e principalmente quando se arma com um bisturi e intervém no corpo humano, tem uma resposta triste para a pergunta acima. Como seria estarrecedor se a vida humana estivesse apenas entregue ao capricho soberano da Ciência e a estrada da vida se interrompesse bruscamente com a morte do corpo! Que desastre para aqueles que tivessem curtido uma vida terrena cheia de privações e injustiças!(...) Que seriam dos nossos sonhos criados para voar? Que seriam das aspirações ilimitadas do nosso coração, já que ele foi feito numa medida maior que as coisas mofinas da vida e, por isso, está sempre inquieto até descansar nas mãos daquele que o criou? (Santo Agostinho). Nessas horas, é reconfortador ouvir a voz de Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim , mesmo que morra, viverá.” Ao sopro dessas palavras alentadoras, é que a Igreja mudou até a natureza dos cânticos que celebravam as exéquias, como o “Libera me Domine” cantado à cabeceira do caixão mortuário. De tristes que eram ela mudou para cânticos alegres e reconfortadores para indicar que o que acontece nesses momentos pode ser comparado ao que acontece com a lagarta, que de rastejante, passiva e depredadora se transforma numa radiante borboleta, pronta para ganhar espaço e subir céu acima. A comparação é do Pe. Nilo Luza na coluna-laranja de O Domingo de 10.04.2011. Agora, nós temos a resposta para a pergunta que fizemos acima: a morte não é um fim, mas um recomeço.
-“E Jesus chorou.”
Jesus está sempre em nossa mente como Deus, um Deus somente. Por isso, nos espantamos quando o homem que há em Jesus se manifesta. E é bom saber que o homem que há em Jesus é um homem terno e do jeito que Ele disse: “...sou manso e humilde de coração”. Um homem que tem coragem de deixar seu rebanho todinho num determinado lugar e se embrenhar deserto adentro atrás da ovelha que se tresmalhou. É um homem que cansa, que tem fome, que tem sede, que dorme no fundo de uma embarcação quando está cansado, que chora e que fica radiante quando pode dizer a um ladrão: “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso.”
-MAS A LIÇAO QUE FICA DO EVANGELHO DE HOJE É A LIÇÃO DA VIDA
Como nos diz mais uma vez o nosso inspiradíssimo Pe. Nilo Luza no nosso O Domingo de hoje, não devemos deixar a ressurreição acontecer só no fim da nossa vida terrena, mas fazê-la acontecer em todos os transes da nossa vida. Há muitas situações de morte em todos os momentos do nosso dia-a-dia. Há o aborto, há a miséria, há a injustiça, há a droga, há aqueles que se atravessam em nosso caminho no mercado pedindo dinheiro para comprar maconha, há a coluna de CO2 (dióxido de carbono) subindo do cano de escapação dos nossos carros. Considere que os carros continuam se multiplicando todo dia a ponto de não terem mais onde se acostarem, já que os metrôs e os transportes coletivos não aparecem. Em todas essas situações, há de haver uma reação nossa em prol da vida, uma reação teimosa porque as situações de morte são freqüentes e assoberbantes.
-CONCLUSÕES:
Sejamos música nos recantos tristes do nosso viver. Ofereçamos o nosso ombro com amor à nossa companheira nos momentos precisos. Soltemos uma exclamação vibrante quando nuvens escuras estiverem nos cercando para uma nova borrasca. Esteja sempre presente diante de nós a exclamação do Mestre: “Eu sou a ressurreição e a vida.”
Por Francisco Valmir Rocha - Membro da Pastoral Bíblica de Camocim/CE
Nenhum comentário :
Postar um comentário