A missão de Jesus continua: “Como o Pai me enviou, eu também vos envio.” (João 20, 21). Lucas nos conta que Jesus Ressuscitado ficou ainda quarenta dias junto aos seus discípulos, preparando-os para a missão: “A eles mostrou-se vivo após a paixão com numerosas e indiscutíveis provas; apareceu-lhes por espaço de quarenta dias, falando-lhes do reino de Deus... O Espírito Santo descerá sobre vós e dele recebereis a força. Serão, então, minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, a até os confins da terra.” (Atos 1, 8)(...) Podemos constatar que a missão de Jesus continua pela ação dos Apóstolos. A Igreja que se reuni na fé no Senhor Jesus Cristo é por natureza missionária. Vamos ver como os primeiros cristãos tiveram consciência dessa dimensão no seu seguimento a Jesus.
Para melhor entender a missão como responsabilidade da Igreja, no livro dos Atos, vamos reler e tomar como referência o texto de Atos 13, 1-5. “Havia na Igreja de Antioquia, profetas e doutores: Barnabé, Simeão apelidado de Níger, Lúcio de Cirene, e ainda Manaem, amigo de infância do tetrarca Herodes, e Saulo. Certo dia, enquanto celebravam o culto do Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: separai-me Barnabé e Saulo para a obra a que os destinei. Então, depois de terem jejuado e orado, lhes impuseram as mãos e despediram-nos. Enviados, pois, pelo Espírito S, desceram eles a Seleûcia, e dali navegaram, para Chipre. Havendo chegado a Salamina, puseram-se a anunciar a Palavra de Deus nas sinagogas dos judeus. Tinham consigo, como auxiliar João.”
1. A missão é do Espírito Santo.
No passado, o livro dos Atos era chamado de “Evangelho do Espírito Santo.” Se fizermos uma pesquisa dos nomes de pessoas mais citadas no livro dos Atos, vamos descobrir que não é o nome de Pedro, nem de Paulo e sim do Espírito Santo. É Ele que está na origem da missão. Isso nos é contado na narração de Pentecostes: “Apareceram umas como línguas de fogo, que se distribuíram e foram pousar sobre cada um deles... Achavam-se então em Jerusalém homens piedosos de todas as nações que há debaixo do céu. Ao se produzir o ruído, a multidão se reuniu e estava confusa: pois cada qual os ouvia falar em sua própria língua. Estupefatos e surpresos diziam: não são todos Galileus esses que falam? Como é, pois, que cada um de nós os ouve em sua própria língua materna?” (Atos 2, 3 e 58).
O Espírito Santo dá coragem para a missão: “Enquanto oravam, tremeu o lugar onde se achavam reunidos; todos ficaram repletos do Espírito Santo e puseram-se a anunciar a Palavra de Deus com firmeza” (Atos 4, 31).
O Espírito Santo orienta a missão: “Ainda estava Pedro meditando sobre a visão, quando o Espírito lhe disse: eis que aí estão alguns homens à tua procura. Levanta-te, pois, e desce, e vai com eles sem hesitação porque fui eu que os enviei” (Atos 10, 19-20).
Podemos ainda ler em Atos 16, 6-8: “Eles percorreram a Frigia e o território gálata; o Espírito Santo os havia impedido de anunciar a Palavra na Ásia. Chegando aos confins da Mísia, tentaram penetrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu. Atravessaram então a Mísia e desceram a Trôade.”
O Espírito Santo é o animador da Igreja.
2. A missão é comunitária, toda a comunidade está engajada na missão.
É no seio de uma comunidade em oração que o Espírito convoca para a missão. A comunidade está atenta à ação do Espírito: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas” (Apocalipse 2, 7).
Em sinal de participação à missão dos dois, a comunidade toda vai impor as mãos. Esse gesto é um gesto de solidariedade e de delegação para uma tarefa. Assim a comunidade tem consciência que a missão é de todos, e os dois vão em nome de toda a comunidade. Eles não são francos atiradores. Não vão para satisfazer sua vontade própria, vão mandados pelo Espírito e pela comunidade que foi atenta aos apelos do Espírito. É por isso que, ao terminar cada viagem missionária, os enviados vão voltar para a comunidade e contar tudo o que aconteceu: “Ao chegarem, reuniram a Igreja e puseram-se a referir tudo o que Deus tinha feito com eles, e como havia aberto a porta de fé aos pagãos. Permaneceram em seguida com os discípulos bastante tempo.” (Atos 14, 27-28).
Em Corinto, é de uma pequena comunidade “doméstica” que parte a evangelização da cidade: “Paulo foi para Corinto, lá encontrou um judeu chamado Áquila e sua mulher Priscila. Aliou-se a eles...” (Atos 18, 1-5).
A missão tem por objetivo formar comunidades. foi esse o resultado do trabalho missionário de Barnabé e Paulo: “Depois de ter feito orações acompanhadas de jejum, designaram anciãos em cada Igreja, e confiaram-nos ao Senhor em quem haviam acreditado”. (Atos 14, 23).
A missão parte da comunidade e volta à comunidade depois de ter suscitado novas comunidades. A missão só pode se relacionar com comunidade.
3. A missão é testemunhar e anunciar a Boa Nova: Jesus é o Cristo e está vivo.
Aos judeus os Apóstolos anunciam Jesus ressuscitado: “Saiba, portanto toda a casa de Israel, com certeza: Deus constituiu Senhor e Cristo, a esse Jesus que vós crucificastes.” (Atos 2, 36).
Assim são reconhecidos os Apóstolos em Filipos: “Esses homens são servos do Deus Altíssimo, que vos anunciam o caminho da salvação”. (Atos 16, 17).
Para apoiar a verdade do que anunciam sempre os Apóstolos afirmam: disto nós somos testemunhas (Atos 2, 32; 3, 15; 5, 32; 10, 40-42).
A nova convivência que nasce da fé no Ressuscitado torna-se também testemunho: é a fé e a prática, a fé e a vida:
“A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava seu o que possuía, mas tudo era comum entre eles.
Com muita vigor, os Apóstolos davam TESTEMUNHO DA RESSURREIÇÃO do Senhor Jesus. E todos eles tinham grande aceitação.
“Não havia entre eles indigente algum, porquanto os que possuíam terras ou casas vendiam-nas, traziam o dinheiro, e o colocavam aos pés dos Apóstolos, e distribuía-se a cada um segundo a sua necessidade”. (Atos 4, 32-35).
Se alguns vão levam a Boa Nova mais adiante, toda a comunidade é responsável pela missão. A missão não depende somente do desempenho dos missionários, mas também do testemunho da comunidade. Portanto a vida da Igreja também tem uma dimensão missionária.
FONTE: http://franciscoomi.blogspot.com/
Para melhor entender a missão como responsabilidade da Igreja, no livro dos Atos, vamos reler e tomar como referência o texto de Atos 13, 1-5. “Havia na Igreja de Antioquia, profetas e doutores: Barnabé, Simeão apelidado de Níger, Lúcio de Cirene, e ainda Manaem, amigo de infância do tetrarca Herodes, e Saulo. Certo dia, enquanto celebravam o culto do Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: separai-me Barnabé e Saulo para a obra a que os destinei. Então, depois de terem jejuado e orado, lhes impuseram as mãos e despediram-nos. Enviados, pois, pelo Espírito S, desceram eles a Seleûcia, e dali navegaram, para Chipre. Havendo chegado a Salamina, puseram-se a anunciar a Palavra de Deus nas sinagogas dos judeus. Tinham consigo, como auxiliar João.”
1. A missão é do Espírito Santo.
No passado, o livro dos Atos era chamado de “Evangelho do Espírito Santo.” Se fizermos uma pesquisa dos nomes de pessoas mais citadas no livro dos Atos, vamos descobrir que não é o nome de Pedro, nem de Paulo e sim do Espírito Santo. É Ele que está na origem da missão. Isso nos é contado na narração de Pentecostes: “Apareceram umas como línguas de fogo, que se distribuíram e foram pousar sobre cada um deles... Achavam-se então em Jerusalém homens piedosos de todas as nações que há debaixo do céu. Ao se produzir o ruído, a multidão se reuniu e estava confusa: pois cada qual os ouvia falar em sua própria língua. Estupefatos e surpresos diziam: não são todos Galileus esses que falam? Como é, pois, que cada um de nós os ouve em sua própria língua materna?” (Atos 2, 3 e 58).
O Espírito Santo dá coragem para a missão: “Enquanto oravam, tremeu o lugar onde se achavam reunidos; todos ficaram repletos do Espírito Santo e puseram-se a anunciar a Palavra de Deus com firmeza” (Atos 4, 31).
O Espírito Santo orienta a missão: “Ainda estava Pedro meditando sobre a visão, quando o Espírito lhe disse: eis que aí estão alguns homens à tua procura. Levanta-te, pois, e desce, e vai com eles sem hesitação porque fui eu que os enviei” (Atos 10, 19-20).
Podemos ainda ler em Atos 16, 6-8: “Eles percorreram a Frigia e o território gálata; o Espírito Santo os havia impedido de anunciar a Palavra na Ásia. Chegando aos confins da Mísia, tentaram penetrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu. Atravessaram então a Mísia e desceram a Trôade.”
O Espírito Santo é o animador da Igreja.
2. A missão é comunitária, toda a comunidade está engajada na missão.
É no seio de uma comunidade em oração que o Espírito convoca para a missão. A comunidade está atenta à ação do Espírito: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas” (Apocalipse 2, 7).
Em sinal de participação à missão dos dois, a comunidade toda vai impor as mãos. Esse gesto é um gesto de solidariedade e de delegação para uma tarefa. Assim a comunidade tem consciência que a missão é de todos, e os dois vão em nome de toda a comunidade. Eles não são francos atiradores. Não vão para satisfazer sua vontade própria, vão mandados pelo Espírito e pela comunidade que foi atenta aos apelos do Espírito. É por isso que, ao terminar cada viagem missionária, os enviados vão voltar para a comunidade e contar tudo o que aconteceu: “Ao chegarem, reuniram a Igreja e puseram-se a referir tudo o que Deus tinha feito com eles, e como havia aberto a porta de fé aos pagãos. Permaneceram em seguida com os discípulos bastante tempo.” (Atos 14, 27-28).
Em Corinto, é de uma pequena comunidade “doméstica” que parte a evangelização da cidade: “Paulo foi para Corinto, lá encontrou um judeu chamado Áquila e sua mulher Priscila. Aliou-se a eles...” (Atos 18, 1-5).
A missão tem por objetivo formar comunidades. foi esse o resultado do trabalho missionário de Barnabé e Paulo: “Depois de ter feito orações acompanhadas de jejum, designaram anciãos em cada Igreja, e confiaram-nos ao Senhor em quem haviam acreditado”. (Atos 14, 23).
A missão parte da comunidade e volta à comunidade depois de ter suscitado novas comunidades. A missão só pode se relacionar com comunidade.
3. A missão é testemunhar e anunciar a Boa Nova: Jesus é o Cristo e está vivo.
Aos judeus os Apóstolos anunciam Jesus ressuscitado: “Saiba, portanto toda a casa de Israel, com certeza: Deus constituiu Senhor e Cristo, a esse Jesus que vós crucificastes.” (Atos 2, 36).
Assim são reconhecidos os Apóstolos em Filipos: “Esses homens são servos do Deus Altíssimo, que vos anunciam o caminho da salvação”. (Atos 16, 17).
Para apoiar a verdade do que anunciam sempre os Apóstolos afirmam: disto nós somos testemunhas (Atos 2, 32; 3, 15; 5, 32; 10, 40-42).
A nova convivência que nasce da fé no Ressuscitado torna-se também testemunho: é a fé e a prática, a fé e a vida:
“A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava seu o que possuía, mas tudo era comum entre eles.
Com muita vigor, os Apóstolos davam TESTEMUNHO DA RESSURREIÇÃO do Senhor Jesus. E todos eles tinham grande aceitação.
“Não havia entre eles indigente algum, porquanto os que possuíam terras ou casas vendiam-nas, traziam o dinheiro, e o colocavam aos pés dos Apóstolos, e distribuía-se a cada um segundo a sua necessidade”. (Atos 4, 32-35).
Se alguns vão levam a Boa Nova mais adiante, toda a comunidade é responsável pela missão. A missão não depende somente do desempenho dos missionários, mas também do testemunho da comunidade. Portanto a vida da Igreja também tem uma dimensão missionária.
FONTE: http://franciscoomi.blogspot.com/
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