Ao primeiro livro da Bíblia – e, portanto, do Pentateuco – damos o nome de Gênesis. É um termo grego e significa “origem”, “nascimento”. Os livros da Bíblia Hebraica não tinham qualquer título, sendo chamados, simplesmente, pela primeira ou primeiras palavras. Este chamava-se “bereshit” que significa “no princípio”. Os autores da Septuaginta decidiram dar aos livros um título de acordo com o seu conteúdo. Como esse livro trata do princípio de tudo, chamaram-lhe Gênesis, isto é, Livro das Origens.
QUEM ESCREVEU?
Durante muito tempo, o Gênesis era atribuído a Moisés, o que hoje se considera inteiramente inviável.Surgiu depois a teoria dos quatro documentos, ou quatro fontes, que teriam dado origem ao conjunto de livros do Pentateuco:(...)
1- Tradição Javista (J), assim chamada porque nela Deus é chamado com o nome de Javé. Foi escrita no Sul, por volta de 960-930 a.C., durante o reinado de Salomão.
2- Tradição Eloísta (E), que recebeu este nome porque chama Deus de Eloim, foi escrita no Reino do Norte, após a divisão do reino, no período de 900-850 a.C. Deve ser da época de Elias e Eliseu.
3- A obra Deuteronomista (D), que é resultado de antigas tradições do norte e do sul, que interpretam o curso das monarquias em Israel do ponto de vista da fidelidade e da desobediência à Aliança.
4- Fonte Sacerdotal (P), que é a última contribuição importante para o Pentateuco. Foi obra de escritor sacerdotal, simbolizada pela letra P, inicial da palavra Priester (padre, em alemão). É dos finais do exílio ou do início da restauração, por volta de 550-450 a.C. Uma parte é contemporânea à época dos profetas, do fim do séc. VII.
Essa teoria das quatro fontes hoje sofre contestações. Apareceram outras propostas sobre a formação do Pentateuco.
Na década de 30 (séc. XX), Gerhard Von Rad apresentou uma nova teoria, que é a dos blocos temáticos: criação, patriarcas, Êxodo, deserto, Sinai, conquista da terra etc. Segundo ela, as festas do culto teriam tido um papel fundamental e a redação dos textos teria sido feita nos próprios santuários.
Surgiu por último a teoria da memória popular, segundo a qual o Pentateuco foi construído aos poucos, em épocas diferentes, de materiais diversos, formados por perícopes. No correr dos tempos, os textos sofreram correções e acréscimos. Atualmente, essa é a teoria mais universalmente aceita pelos biblistas.
CONTEÚDO E ESTRUTURA
O nome Gênesis caracteriza com felicidade a índole e o conteúdo do livro. Ele, com efeito, descreve as origens do mundo e da humanidade, bem como o surgimento do mal e do povo de Israel numa perspectiva muito mais catequética e teológica do que histórico-científica, embora algumas narrativas tragam em sua essência, aspectos concretos da vida de Israel.
O Gênesis é uma colcha de retalhos. O povo hebreu vivia numa região onde se cruzavam muitos povos e civilizações. Este fato originou um inegável intercâmbio cultural entre eles. Os impérios que dominaram a Mesopotâmia e o Egito, assim como as civilizações da Fenícia e de Canaã, são a fonte literária e histórica do Gênesis e do Antigo Testamento em geral.
É inegável que nos 11 primeiros capítulos se encontram abundantes elementos dessas culturas, incluindo alusões e certos mitos da Suméria, da Babilônia e de Ugarit, especialmente aos poemas da criação, Enuma-Elish e Atrahasis. O poema de Gilgamesh está também presente no relato do Dilúvio. Muitas vezes, os autores do Gênesis colocam-se em polêmica aberta contra os mitos pagãos, como no caso de 1, 1-2, 4a.
A História Patriarcal (cap. 12-50) acolheu lendas antigas e referências a “El”, que faziam parte do espólio cultural dos santuários cananeus.
Encontramos, igualmente, pequenos fatos alusivos ao convívio com povos vizinhos. No que se refere à origem dos patriarcas, há relatos sobre os antepassados tribais, heróis antigos, genealogias ou listas de patriarcas (cap. 5) e de povos (cap. 10), e outras histórias que pretendiam explicar a origem dos povos em geral e de Israel em particular. Por isso, este livro tem gêneros literários variados:
- A LENDA OU SAGA: contos que se ligam a lugares, pessoas, costumes, modos de vida dos quais se quer explicar a origem, o valor, o caráter sagrado de qualquer fenômeno que chama a atenção. A lenda se chama etiológica quando procura a causa de um fenômeno. Por exemplo, para explicar a existência de uma vegetação pobre e espinhosa na região sul ocidental do Mar Morto, surgiu a lenda de Sodoma e Gomorra, a chuva de enxofre... A origem de várias estátuas de pedra, formadas pela erosão é explicada pela história da mulher de Ló, que foi transformada em estátua. A narrativa de Caim e Abel é outra, para explicar a origem de uma tribo cujos integrantes tinham um sinal na testa. Explicavam que Deus colocara um sinal em Caim para que ninguém o matasse, e daí este sinal ficou para a descendência. O próprio nome de Caim é inventado, porque a tribo tinha o nome de cainitas e eles deduziram que seu fundador devia chamar-se Caim.
É chamada etimológica quando é para explicar um nome. Existe na Palestina uma Ramat Leqi (montanha da queixada). Para explicar a origem deste nome eles inventaram a história de Sansão, um homem muito forte, que lutara contra muitos inimigos usando uma queixada, e os vencera. Depois ele jogou a queixada naquele monte, que ficou conhecido como monte da queixada. O caso das filhas de Ló (Gn 19) é uma história difamatória contra os amonitas e moabitas, tradicionais inimigos de Israel. (Amon e Moab significam 'do pai'). Outras sagas da Bíblia: a de Noé embriagado; a briga de Labão com Jacó (Gn 31). A saga se chama heróica quando tem por finalidade engrandecer a vida dos heróis do passado. O valor da saga está na riqueza popular (folclórica) que ela traz. Nem sempre há lição em cada uma. Mas a fartura de detalhes que ela traz mostra a mentalidade do povo. Seu valor é maior para a crítica literária.
- FÁBULAS: é a narrativa que faz os seres inanimados ou os animais falarem (Ex: a serpente que fala).
- MITO: conto que se passa com deuses, ou cujos personagens são os deuses. Têm tonalidade solene e são originários de círculos politeístas. A mitologia babilônica, por exemplo, muito influenciou o povo de Israel, que sempre foi monoteísta. Nos livros históricos, a influência é mais velada. Mas a árvore da vida do Gênesis já existe num poema de Gilgamesh (de origem Babilônica): um herói perguntou a um seu antepassado que era deus, onde ficava a árvore da vida. Ele a encontrou no fundo do mar, e levou um ramo para plantar. Tendo sede, foi beber num poço e uma serpente levou o seu ramo. A história do dilúvio tem uma similar na cultura babilônica. É o caso de uma deusa que era amada ao mesmo tempo por um deus e por um homem. Então para matar o homem, o deus mandou o dilúvio.
O importante a se notar nisso tudo é que, ao ser transcrita para o livro sagrado, o autor purifica a lenda, tirando as características politeístas e servindo-se da cultura popular para levar uma mensagem. A árvore da vida, na bíblia, significa que o homem foi criado para não morrer. A tradicional briga dos anjos com Lúcifer existe num mito fenício sob a forma de uma briga de deuses. A linguagem mítica da bíblia, o antropomorfismo de Deus... tudo isto tem origem desta inspiração na literatura exterior a Israel.
Todo este material foi colecionado muito lentamente. Primeiro surgiram pequenos conjuntos à volta de um santuário, de um acontecimento ou de uma personagem; podemos chamar-lhes tradições, e foram transmitidas oralmente, ao longo de muitos séculos. Quando aparece a escrita, essas tradições são fixadas em documentos. Com a queda do Reino do Norte (Samaria), em 722, essas tradições são trazidas para o Sul (Jerusalém). Finalmente, no período do Exílio (587-538), os redatores da escola Sacerdotal reúnem todas as grandes tradições e documentos existentes, imprimindo-lhes o seu próprio estilo e teologia. Podemos dizer que o GÊNESIS contém material recolhido entre os séculos XIII-V a. C.
TEOLOGIA E LEITURA CRISTÃ
Apesar de conter muitos elementos históricos, o GÊNESIS é uma obra essencialmente teológica que procurava responder aos problemas angustiantes colocados pelo acontecimento do Exílio (séc. VI): no meio das trevas, Deus é a luz do seu povo; no desespero do cativeiro, Deus há de renovar a Aliança feita depois da saída do Egito.
Por detrás das "histórias" contadas pelos seus autores, o GÊNESIS contém os grandes temas teológicos, não somente do Pentateuco, mas da Bíblia em geral: a Aliança de Deus com a humanidade, o pecado do homem, a nova promessa de Aliança, a promessa da Terra Prometida, a bênção de Deus garantindo a perenidade do Povo, o monoteísmo javista.
O GÊNESIS não foi redigido para escrever História, mas para dizer que Deus domina a História. Por isso, é essencialmente um livro de catequese e de teologia, mesmo nos 11 primeiros capítulos, em que não há preocupação histórica ou científica, no sentido atual.
Todos os grandes temas teológicos do GÊNESIS foram relidos pelos cristãos à luz do autor da nova criação, Jesus Cristo (Jo 1,1-3). As grandes personagens do GÊNESIS - Adão, Eva, Noé, Abraão e os outros Patriarcas - aparecem frequentemente ao longo do Novo Testamento para lembrar a todos que há uma só História da Salvação. Por isso, o Apocalipse - o último livro da Bíblia - não se compreende sem o primeiro.
FONTE: SITE CATEQUIZAR
QUEM ESCREVEU?
Durante muito tempo, o Gênesis era atribuído a Moisés, o que hoje se considera inteiramente inviável.Surgiu depois a teoria dos quatro documentos, ou quatro fontes, que teriam dado origem ao conjunto de livros do Pentateuco:(...)
1- Tradição Javista (J), assim chamada porque nela Deus é chamado com o nome de Javé. Foi escrita no Sul, por volta de 960-930 a.C., durante o reinado de Salomão.
2- Tradição Eloísta (E), que recebeu este nome porque chama Deus de Eloim, foi escrita no Reino do Norte, após a divisão do reino, no período de 900-850 a.C. Deve ser da época de Elias e Eliseu.
3- A obra Deuteronomista (D), que é resultado de antigas tradições do norte e do sul, que interpretam o curso das monarquias em Israel do ponto de vista da fidelidade e da desobediência à Aliança.
4- Fonte Sacerdotal (P), que é a última contribuição importante para o Pentateuco. Foi obra de escritor sacerdotal, simbolizada pela letra P, inicial da palavra Priester (padre, em alemão). É dos finais do exílio ou do início da restauração, por volta de 550-450 a.C. Uma parte é contemporânea à época dos profetas, do fim do séc. VII.
Essa teoria das quatro fontes hoje sofre contestações. Apareceram outras propostas sobre a formação do Pentateuco.
Na década de 30 (séc. XX), Gerhard Von Rad apresentou uma nova teoria, que é a dos blocos temáticos: criação, patriarcas, Êxodo, deserto, Sinai, conquista da terra etc. Segundo ela, as festas do culto teriam tido um papel fundamental e a redação dos textos teria sido feita nos próprios santuários.
Surgiu por último a teoria da memória popular, segundo a qual o Pentateuco foi construído aos poucos, em épocas diferentes, de materiais diversos, formados por perícopes. No correr dos tempos, os textos sofreram correções e acréscimos. Atualmente, essa é a teoria mais universalmente aceita pelos biblistas.
CONTEÚDO E ESTRUTURA
O nome Gênesis caracteriza com felicidade a índole e o conteúdo do livro. Ele, com efeito, descreve as origens do mundo e da humanidade, bem como o surgimento do mal e do povo de Israel numa perspectiva muito mais catequética e teológica do que histórico-científica, embora algumas narrativas tragam em sua essência, aspectos concretos da vida de Israel.
O Gênesis é uma colcha de retalhos. O povo hebreu vivia numa região onde se cruzavam muitos povos e civilizações. Este fato originou um inegável intercâmbio cultural entre eles. Os impérios que dominaram a Mesopotâmia e o Egito, assim como as civilizações da Fenícia e de Canaã, são a fonte literária e histórica do Gênesis e do Antigo Testamento em geral.
É inegável que nos 11 primeiros capítulos se encontram abundantes elementos dessas culturas, incluindo alusões e certos mitos da Suméria, da Babilônia e de Ugarit, especialmente aos poemas da criação, Enuma-Elish e Atrahasis. O poema de Gilgamesh está também presente no relato do Dilúvio. Muitas vezes, os autores do Gênesis colocam-se em polêmica aberta contra os mitos pagãos, como no caso de 1, 1-2, 4a.
A História Patriarcal (cap. 12-50) acolheu lendas antigas e referências a “El”, que faziam parte do espólio cultural dos santuários cananeus.
Encontramos, igualmente, pequenos fatos alusivos ao convívio com povos vizinhos. No que se refere à origem dos patriarcas, há relatos sobre os antepassados tribais, heróis antigos, genealogias ou listas de patriarcas (cap. 5) e de povos (cap. 10), e outras histórias que pretendiam explicar a origem dos povos em geral e de Israel em particular. Por isso, este livro tem gêneros literários variados:
- A LENDA OU SAGA: contos que se ligam a lugares, pessoas, costumes, modos de vida dos quais se quer explicar a origem, o valor, o caráter sagrado de qualquer fenômeno que chama a atenção. A lenda se chama etiológica quando procura a causa de um fenômeno. Por exemplo, para explicar a existência de uma vegetação pobre e espinhosa na região sul ocidental do Mar Morto, surgiu a lenda de Sodoma e Gomorra, a chuva de enxofre... A origem de várias estátuas de pedra, formadas pela erosão é explicada pela história da mulher de Ló, que foi transformada em estátua. A narrativa de Caim e Abel é outra, para explicar a origem de uma tribo cujos integrantes tinham um sinal na testa. Explicavam que Deus colocara um sinal em Caim para que ninguém o matasse, e daí este sinal ficou para a descendência. O próprio nome de Caim é inventado, porque a tribo tinha o nome de cainitas e eles deduziram que seu fundador devia chamar-se Caim.
É chamada etimológica quando é para explicar um nome. Existe na Palestina uma Ramat Leqi (montanha da queixada). Para explicar a origem deste nome eles inventaram a história de Sansão, um homem muito forte, que lutara contra muitos inimigos usando uma queixada, e os vencera. Depois ele jogou a queixada naquele monte, que ficou conhecido como monte da queixada. O caso das filhas de Ló (Gn 19) é uma história difamatória contra os amonitas e moabitas, tradicionais inimigos de Israel. (Amon e Moab significam 'do pai'). Outras sagas da Bíblia: a de Noé embriagado; a briga de Labão com Jacó (Gn 31). A saga se chama heróica quando tem por finalidade engrandecer a vida dos heróis do passado. O valor da saga está na riqueza popular (folclórica) que ela traz. Nem sempre há lição em cada uma. Mas a fartura de detalhes que ela traz mostra a mentalidade do povo. Seu valor é maior para a crítica literária.
- FÁBULAS: é a narrativa que faz os seres inanimados ou os animais falarem (Ex: a serpente que fala).
- MITO: conto que se passa com deuses, ou cujos personagens são os deuses. Têm tonalidade solene e são originários de círculos politeístas. A mitologia babilônica, por exemplo, muito influenciou o povo de Israel, que sempre foi monoteísta. Nos livros históricos, a influência é mais velada. Mas a árvore da vida do Gênesis já existe num poema de Gilgamesh (de origem Babilônica): um herói perguntou a um seu antepassado que era deus, onde ficava a árvore da vida. Ele a encontrou no fundo do mar, e levou um ramo para plantar. Tendo sede, foi beber num poço e uma serpente levou o seu ramo. A história do dilúvio tem uma similar na cultura babilônica. É o caso de uma deusa que era amada ao mesmo tempo por um deus e por um homem. Então para matar o homem, o deus mandou o dilúvio.
O importante a se notar nisso tudo é que, ao ser transcrita para o livro sagrado, o autor purifica a lenda, tirando as características politeístas e servindo-se da cultura popular para levar uma mensagem. A árvore da vida, na bíblia, significa que o homem foi criado para não morrer. A tradicional briga dos anjos com Lúcifer existe num mito fenício sob a forma de uma briga de deuses. A linguagem mítica da bíblia, o antropomorfismo de Deus... tudo isto tem origem desta inspiração na literatura exterior a Israel.
Todo este material foi colecionado muito lentamente. Primeiro surgiram pequenos conjuntos à volta de um santuário, de um acontecimento ou de uma personagem; podemos chamar-lhes tradições, e foram transmitidas oralmente, ao longo de muitos séculos. Quando aparece a escrita, essas tradições são fixadas em documentos. Com a queda do Reino do Norte (Samaria), em 722, essas tradições são trazidas para o Sul (Jerusalém). Finalmente, no período do Exílio (587-538), os redatores da escola Sacerdotal reúnem todas as grandes tradições e documentos existentes, imprimindo-lhes o seu próprio estilo e teologia. Podemos dizer que o GÊNESIS contém material recolhido entre os séculos XIII-V a. C.
TEOLOGIA E LEITURA CRISTÃ
Apesar de conter muitos elementos históricos, o GÊNESIS é uma obra essencialmente teológica que procurava responder aos problemas angustiantes colocados pelo acontecimento do Exílio (séc. VI): no meio das trevas, Deus é a luz do seu povo; no desespero do cativeiro, Deus há de renovar a Aliança feita depois da saída do Egito.
Por detrás das "histórias" contadas pelos seus autores, o GÊNESIS contém os grandes temas teológicos, não somente do Pentateuco, mas da Bíblia em geral: a Aliança de Deus com a humanidade, o pecado do homem, a nova promessa de Aliança, a promessa da Terra Prometida, a bênção de Deus garantindo a perenidade do Povo, o monoteísmo javista.
O GÊNESIS não foi redigido para escrever História, mas para dizer que Deus domina a História. Por isso, é essencialmente um livro de catequese e de teologia, mesmo nos 11 primeiros capítulos, em que não há preocupação histórica ou científica, no sentido atual.
Todos os grandes temas teológicos do GÊNESIS foram relidos pelos cristãos à luz do autor da nova criação, Jesus Cristo (Jo 1,1-3). As grandes personagens do GÊNESIS - Adão, Eva, Noé, Abraão e os outros Patriarcas - aparecem frequentemente ao longo do Novo Testamento para lembrar a todos que há uma só História da Salvação. Por isso, o Apocalipse - o último livro da Bíblia - não se compreende sem o primeiro.
FONTE: SITE CATEQUIZAR
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