
Nesta santa euforia, vários pontos vão sendo destacados em favor de uma possível vivência ao apelo que se mostra claro e evidente, através de uma necessidade de superação de uma patologia, sendo que a harmonia é o carro chefe do êxito das ações quando o assunto sugere parcerias(...)
Para a perplexidade de muitos, infelizmente, o vento que bate nas asas dos “imaginários” anjos da “imaginação”, nem sempre são os do Espírito Santo, aliás, nesta fase e tipo de campanha, este fator é pouco mencionado, e aqueles que o possuem o tem em extrema relação intimista, dividindo-o dentro de um espaço limitado que mal alcança o seu companheiro de banco. Somente alguns acenos de uns extintos profetas, que destemidamente se atrevem a colocar este personagem em evidência, mas, as tentativas são logo desdenhadas pelos intelectuais, que superam a motivação dos coitados profetas, que em humilhada paciência recebem como consolo o serviço de palestrar conforme reza a cartilha da CF, em um esperançoso “talvez dê certo”, grupo ou pastoral, e isto é o que exatamente tange para longe a possibilidade de rebeldia, em casos de “nada como sempre” frutifique.
Diante deste emaranhado de situações óbvias, mais uma vez a campanha da fraternidade é ecumênica, ou seja, deverá ser desenvolvida dentro de uma perspectiva de ações conjuntas entre Igrejas Cristãs do Brasil, que professam a fé em Jesus Cristo, tendo em comum entre as ações a proclamação da liberdade aos cativos, estimulo oriundo da doutrina social da Igreja.
Até ai, a retórica entra em ação, sem ceder espaços a qualquer argumento que vorazmente contradiga as sábias línguas proféticas, de um punhado de "gatos pingados", que participou de alguma capacitação, ou de quem teve a oportunidade de adquirir o manual da campanha, na cidade de Sobral, em Fortaleza nas lojas Paulinas, ou até mesmo aqueles que, sobre o poder de algumas moedas, conseguiram baixar da internet, vídeos e alguns textos que por lá foram colocados para esta finalidade.
Uma importante etapa para o proveito da CF é a montagem da equipe paroquial, (montagem, porque formação se compreende em outra dimensão) destinada para desenvolver as ações, sempre em consonância com o tema, mas é exatamente aí que se corre o risco de não articulá-la devidamente, pois a abordagem do tema é muito pequena, salvo nas celebrações dominicais, onde entusiasmadamente os grupos de cânticos da equipe de liturgia fazem memória da tal.
E como se explica uma campanha fabulosa com previsão de durabilidade anual, se acabar exatamente nas cinzas de uma quarta-feira?
É lamentável que não haja compromisso social por grande maioria dos que fazem a Igreja, é impressionante a apatia diante do sofrimento e da miséra de tantos irmãos/ãs, é um absurdo a falta de adesão à vivência da justiça social. Como é supérflua e improdutiva a massificação dentro de alguns templos onde se prolifera a indiferença atrelada ao total e absoluto descaso com as vítimas do Reino. Onde fica a autenticidade do Evangelho? A quais cinzas ele foi reduzido? Onde descansa a sabedoria e o sangue dos mártires e profetas?
A campanha da fraternidade passa, e com ela passa a vida sofrida e marginalizada de paroquianos, que poderiam apalpar nesta oportunidade a generosidade da fé, no entanto, nos deparamos com a lástima desventura de uma intolerância disfarçada de te quero e te faço. Nos corredores dos templos, a multidão se aglomera a procura de palavras que justifiquem tamanha apatia. Nas ruas a aglomeração de pobres vitimadas pelo sistema, sem esperança e sem Campanhas de Fraternidade.
Carlos Jardel dos Santos
Articulador Diocesano das CEB’s - Tianguá
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