
Por que Jesus envia os apóstolos dois a dois?
Era costume entre os judeus mandar sempre os mensageiros aos pares. Mensageiro era aquele que ia levar uma mensagem (de um rei a outro etc). Isso era necessário para que o segundo pudesse testemunhar a entrega do recado. E se o recebedor da mensagem não quisesse aceitá-la, haveria, assim, duas testemunhas como era de praxe.
Também podemos supor que Jesus quisesse encarecer o espírito de fraternidade e solidariedade entre os evangelizadores(...)
"... dando-lhes poder sobre os espíritos impuros."
Estas palavras "puros" e "impuros" são usadas na maioria das religiões da antiguidade e dos povos primitivos. De antemão, é preciso frisar que "puro" e "impuro" não têm nada a haver com "castidade". "Impuro" é tudo aquilo que está carregado de "forças desconhecidas" ou pode desencadear essas forças. É o mundo da magia - claro! - devendo, portanto, serem evitadas. Essas forças desconhecidas são contagiosas.
São considerados impuros:
- os outros deuses, os ídolos;
- os cadáveres;
- os adivinhadores;
- os ritos fúnebres;
- o culto aos mortos;
- os países estrangeiros, onde são adorados outros deuses (suas comidas, alfaias do culto, despojos de guerra.
- Depois, já no tempo de Jesus, eram considerados impuros até os próprios estrangeiros, porque eram incircuncisos.
- A mulher durante a menstruação ou depois do parto, as relações sexuais;
- As cobras.
Havia, então, as prescrições para purificar o que estava impuro. Eram as abluções, lavar os pés, lavar as mãos e outras prescrições formalísticas que chegaram ao exagero. E é preciso notar que elas não tinham como finalidade nem buscar a "higiene", nem buscar a "moralização". Visavam, simplesmente, descarregar a pessoa das "forças contagiantes e perigosas". Jesus censurou esses formalismos, que eram mais acentuados entre os fariseus, condenando-os como "hipocrisia".
- Os bons espíritos eram os anjos.
- Os "espíritos impuros" de que nos fala o Evangelho eram "os demônios"
- "Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho..."
Aqui o Divino Mestre prescreve, em tintas fortes, para os evangelizadores o que podemos resumir numa palavra: "D E S A P E G O".
São Francisco de Assis assimilou, literalmente, essas recomendações. Sob o enfeito do "desapego" suas palavras criaram raízes no seu tempo e, ainda hoje, ecoam no mundo. Menção dos frades franciscanos...
Reflexão... O que dizer para os evangelizadores ainda hoje, mesmo os leigos?...
- " Recomendou-lhes que não levassem...:
Nem pão "- ...preocupação exagerada com o "bom viver", os prazeres da boca.
A preocupação com o sustento faz parte da condição humana, mas temos que nos lembrar que "nem só de pão vive o homem..."
"Nem sacola...duas túnicas" - ostentação vaidosa do vestir.
"Nem dinheiro..." - Apego ao vil metal... padres mercenários.
"Mandou que andassem de sandálias..." - A sandália é um tipo de calçado de quem caminha, de quem viaja. Sandália, diz o dicionário, é o calçado feito de uma sola presa ao pé por tiras ou cordões. O pregador, itinerante, deve ter a preocupação só de proteger os pés das pedras e dos espinhos, nada de ostentação de luxo.
- "Quando entrardes numa casa, ficai ali..." - Evitar buscar os melhores tratamentos, os hospedeiros de melhores posses, evitar discriminar os pobres que acolheram o evangelizador por primeiro.
- " ...sacudi a poeira dos pés... - Sacudir a poeira das sandálias era um costume israelita quando deixavam um território pagão e voltavam para casa. Como vimos, o estrangeiro, o pagão eram, já nos tempos de Cristo, considerados "impuros" e, assim, tinham que varrer dos pés essa poeira, já que entravam na "Terra Santa".
- LIÇÃO PRINCIPAL DO EVANGELHO - Evangelizar deve ser a preocupação maior de todo aquele que se diz discípulo de Cristo. Há a pregação com a palavra e a pregação com o exemplo (São Francisco também exercitou esse tipo de pregação). A pregação pode ser com a aceitação do outro, com o bom acolhimento, com o bom conselho, com a aceitação, com a não discriminação, com a ajuda.
"De Jesus hoje, nós devemos ser os pés, os braços, a sua voz, a sua ternura", diz Frei Clarêncio Neotti.
FRANCISCO VALMIR ROCHA
- os cadáveres;
- os adivinhadores;
- os ritos fúnebres;
- o culto aos mortos;
- os países estrangeiros, onde são adorados outros deuses (suas comidas, alfaias do culto, despojos de guerra.
- Depois, já no tempo de Jesus, eram considerados impuros até os próprios estrangeiros, porque eram incircuncisos.
- A mulher durante a menstruação ou depois do parto, as relações sexuais;
- As cobras.
Havia, então, as prescrições para purificar o que estava impuro. Eram as abluções, lavar os pés, lavar as mãos e outras prescrições formalísticas que chegaram ao exagero. E é preciso notar que elas não tinham como finalidade nem buscar a "higiene", nem buscar a "moralização". Visavam, simplesmente, descarregar a pessoa das "forças contagiantes e perigosas". Jesus censurou esses formalismos, que eram mais acentuados entre os fariseus, condenando-os como "hipocrisia".
- Os bons espíritos eram os anjos.
- Os "espíritos impuros" de que nos fala o Evangelho eram "os demônios"
- "Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho..."
Aqui o Divino Mestre prescreve, em tintas fortes, para os evangelizadores o que podemos resumir numa palavra: "D E S A P E G O".
São Francisco de Assis assimilou, literalmente, essas recomendações. Sob o enfeito do "desapego" suas palavras criaram raízes no seu tempo e, ainda hoje, ecoam no mundo. Menção dos frades franciscanos...
Reflexão... O que dizer para os evangelizadores ainda hoje, mesmo os leigos?...
- " Recomendou-lhes que não levassem...:
Nem pão "- ...preocupação exagerada com o "bom viver", os prazeres da boca.
A preocupação com o sustento faz parte da condição humana, mas temos que nos lembrar que "nem só de pão vive o homem..."
"Nem sacola...duas túnicas" - ostentação vaidosa do vestir.
"Nem dinheiro..." - Apego ao vil metal... padres mercenários.
"Mandou que andassem de sandálias..." - A sandália é um tipo de calçado de quem caminha, de quem viaja. Sandália, diz o dicionário, é o calçado feito de uma sola presa ao pé por tiras ou cordões. O pregador, itinerante, deve ter a preocupação só de proteger os pés das pedras e dos espinhos, nada de ostentação de luxo.
- "Quando entrardes numa casa, ficai ali..." - Evitar buscar os melhores tratamentos, os hospedeiros de melhores posses, evitar discriminar os pobres que acolheram o evangelizador por primeiro.
- " ...sacudi a poeira dos pés... - Sacudir a poeira das sandálias era um costume israelita quando deixavam um território pagão e voltavam para casa. Como vimos, o estrangeiro, o pagão eram, já nos tempos de Cristo, considerados "impuros" e, assim, tinham que varrer dos pés essa poeira, já que entravam na "Terra Santa".
- LIÇÃO PRINCIPAL DO EVANGELHO - Evangelizar deve ser a preocupação maior de todo aquele que se diz discípulo de Cristo. Há a pregação com a palavra e a pregação com o exemplo (São Francisco também exercitou esse tipo de pregação). A pregação pode ser com a aceitação do outro, com o bom acolhimento, com o bom conselho, com a aceitação, com a não discriminação, com a ajuda.
"De Jesus hoje, nós devemos ser os pés, os braços, a sua voz, a sua ternura", diz Frei Clarêncio Neotti.
FRANCISCO VALMIR ROCHA
Nenhum comentário :
Postar um comentário