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O evento teve início no dia 21 de julho, terça- feira, às 19 h, na Praça Madeira Mamoré e contou com um público de aproximadamente 5 mil pessoas, dentre delegados e curiosos.
A celebração de abertura foi composta pelos seguintes elementos:

01- Povos que compõem a Amazônia;
02- Presença dos regionais e delegados de outros países;
03- Composição do painel "pluralismo cultural";
04- Memória do “trem das CEBs”;
05- Proclamação da Palavra de Deus;
06- Ação de graças e partilha;(...)

O bispo da diocese de Porto Velho, D. Moacir, no discurso de abertura usou a seguinte frase:

"Gente simples fazendo pequenas coisas em lugares importantes provocam mudanças extraordinárias".

Esta frase serviu de bordão para os trabalhos de alguns grupos de discussão.

Dia 22/07 – Quarta-Feira:
O dia teve início com a celebração ministrada pelos povos indígenas (39 povos indígenas de todo o Brasil e outros continentes). Em seguida, os delegados foram encaminhados para os locais de estudo e debate, denominados de "rios", que estão subdivididos em pequenos grupos chamados de "canoas", sempre utilizando a mesma metodologia do “ver, julgar e agir”.
Na dimensão do “ver” os grupos foram orientados a debater sobre a realidade amazônica e a relação existente com as demais regiões do país, através de alguns questionamentos. A discussão foi marcada pelos avanços oriundos do projeto de desenvolvimento acelerado do Brasil que privilegia grupos estrangeiros etc...
Durante a tarde, os delegados participaram de uma celebração penitencial, marcada pela:

01- Caminhada dos Mártires;
02- Reconciliação: Deus Humanidade-Cosmos, rito da água, proclamação das bem-aventuranças;

Durante a celebração, diversos mártires foram lembrados, mas o que se destacou foi um símbolo em especial: a terra manchada pelo sangue de irmã Dorothy, apresentada em um frasco por um padre da região onde a freira foi vitimada.
Tudo isso aconteceu nas margens do Rio Madeira na comunidade de Santo Antônio, onde está sendo construída uma usina hidrelétrica, responsável pela barragem do rio, o que está colocando a vida das comunidades ribeirinhas em risco.
Amanhã está previsto uma análise de conjuntura com Leonardo Boff pela manhã, e em seguida os delegados serão enviados a fazer missão nas populações indígenas, comunidades ribeirinhas , extrativistas, de ocupação, nas casas de detenção, hospitais, casas de recuperação de dependentes químicos, bairros da cidade, comunidades afro-descendentes.
Estas visitas serão acompanhadas por membros das comunidades locais.
Em breve traremos mais notícias deste grande evento.

CARLOS JARDEL DOS SANTOS
Representante da Diocese de Tianguá/CE no 12º Intereclesial das CEBs.