-O que é ser “discípulo” e qual a diferença entre “discípulo” e
“apóstolo”?
(Baseando-nos no livro “Ministério
da Palavra” – Ano B – pag.191 de Frei Clarêncio Neotti OFM).
-“DISCÍPULO” é alguém que
recebe instrução de um “Mestre” ou que adere a uma doutrina “pautando seu
comportamento de acordo com ela.” Platão, filósofo grego, teve discípulos; os
fariseus tiveram discípulos, João Batista teve discípulos...
Nos evangelhos, a afinidade entre o discípulo e Cristo é maior. O discípulo alinha sua vida à maneira de viver do Mestre, é capaz de sofrer por Ele e levar a sua cruz. Os discípulos eram de número variável e ele foi crescendo à medida que o tempo passava.
Nos evangelhos, a afinidade entre o discípulo e Cristo é maior. O discípulo alinha sua vida à maneira de viver do Mestre, é capaz de sofrer por Ele e levar a sua cruz. Os discípulos eram de número variável e ele foi crescendo à medida que o tempo passava.
-“APÓSTOLOS” eram os
discípulos que seguiam Jesus dia e noite. Ao iniciar a sua vida pública, os
apóstolos tornaram-se como que a família de Jesus, tanto que foi com eles que
quis comer a Ceia Pascal, que era um ritual familiar. O número dos apóstolos
era de 12. Ele não queria que ninguém soubesse disso, pois estava ensinando aos
seus discípulos.”
-“Jesus e seus discípulos
atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, pois estava
ensinando aos seus discípulos.”
“ELE NÃO QUERIA QUE NINGUÉM SOUBESSE
DISSO...”
Por que Jesus, que tanto
estava envolvido com as multidões, pois as via como ovelhas sem pastor, quis se
retrair delas desta vez, quando atravessava a Galileia?
-Jesus notou que os seus
discípulos, com Pedro à frente, estavam enganados com o tipo de Messias que era
Ele. Eles o viam como um Messias glorioso que vinha resgatar Israel. Os filhos
de Zebedeu pleiteavam declaradamente, como se fosse a coisa mais natural do
mundo, os lugares de honra do seu reinado futuro. Por causa dessa visão
destorcida, eles refugavam como algo inaceitável e incoerente, as humilhações
da Paixão. Pedro, ao ouvi-las da própria boca do Mestre, não se conteve e reagiu
impensadamente para Jesus tirar as ideias absurdas que estavam povoando a
cabeça dele. Ao dizer-lhes que o Filho do Homem ia ser entregue nas mãos dos
homens, os discípulos também não compreenderam por absurdas as palavras do
Mestre e ficaram até com medo de tocar no assunto. Como a Paixão se aproximava,
Jesus procurou nortear a mentalidade deles. Por isso precisava estar a sós com
eles, longe das multidões.
-OUTRA IDEIA QUE JESUS
PRECISAVA TIRAR DA CABEÇA DOS DISCÍPULOS ERA A IDEIA DE GRANDOR.
Os filhos de Zebedeu queriam as
primeiras cadeiras ao lado do Rei.
No caminho, diz o evangelho
de hoje, de maneira dissimulada e aos cochichos, os discípulos discutiam quem
era o mais importante entre eles.
Então, Jesus pegou uma criança, que, com
certeza, estava largada lá para trás, pois os adultos tomavam-lhe a frente,
abraçando-a para valorizá-la, apresentou-a como um exemplo a seguir,
focalizando o espírito de dependência do pai e a ausência completa de luta
pelos primeiros lugares.
-REFLEXÕES:
O que Jesus é para você, que espécie de
Messias Ele é?
-A resposta bem resumida é: “ELE
É UM MESSIAS SERVIDOR.”
-A imagem de um lance de sua vida
terrena para você guardar indelevelmente na memória é aquela da última ceia :
Ele, com uma toalha cingida à cintura, lavando os pés dos discípulos.
-Se você perguntasse hoje a Ele
como queria que você praticasse a sua religião ou como devia levar a sua vida,
com certeza, Ele diria que largasse essa sede incontida pelos primeiros lugares
desenfreadamente e, em vez disso, adquirisse a sede de servir aos outros. Aqui
apresentamos o trecho antológico (genial) de Frei Clarêncio Neotti OFM (livro
“Ministério da Palavra” – Ano B – pag. 191): “Procuram-se sempre a vantagem, o
aparecer, o impor-se, escolhem-se os primeiros lugares e o estar com gente
importante. Essa mania está no sangue humano. Há psicólogos que afirmam que o
ser humano parece viver com fortes saudades de um paraíso, e sente-se infeliz
enquanto não tiver um comando, nem que seja um cachorro fiel ou um gato
obediente.”
-Por maior que seja a sua posição
na sociedade, você não pode apresentar o seu título para se eximir (se
desculpar) de servir aos outros. Tomemos o exemplo do chefe de família em sua
casa. Ele não pode considerar-se o rei e os outros (a mulher e as crianças)
como súditos (à moda antiga). Se você está mais próximo da porta da rua e tocam
a sirene, em nada o diminui atender à porta.
-O exemplo a seguir é Tereza de
Calcutá. Mas, se achar esse modelo muito distante e estrangeiro, tome o exemplo
da nossa Irmã Dulce, da Bahia.
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