CAFARNAUM - Cidade da Galileia, à beira do Lago de Genesaré (Mar da Galileia). Cidade fronteiriça importante, que tinha uma sinagoga. Nessa cidade, Jesus fixou residência no início da sua vida pública. Moravam lá também Pedro e André. Cafarnaum e o Lago de Genesaré formam um cenário maravilhoso, que evoca a figura do Mestre na sua vida pública.
-“Todos ficavam admirados...pois (Ele) ensinava como quem tem autoridade, não como os Mestres da Lei.”(...)
Jesus ensinava como quem tem autoridade por causa:
-Da vivência do que ele ensinava. Com ele estava se realizando o que os profetas tinham predito tempos atrás.
-Jesus ensinava sob a ação do Espírito Santo.
-Ele não discriminava. Os Mestres da Lei pregavam um Deus que distribuía para uns as bênçãos da riqueza e para outros a pobreza e a doença.A segregação da classe pecadora dividia e acabrunhava o povo. O pecador não podia ser visitado nem receber em casa alguém para um almoço. O próprio olhar afetuoso de Jesus dirigido igualmente a todos conquistava a preferência da população a partir dos mais humildes.
-Finalmente, Jesus, que não suprimia os profetas nem desprezava as leis, inaugurava uma maneira nova de apresentar o Pai do Céu. Não o apresentava entre raios e trovões nem fazendo tremer os que o ouviam como no monte Sinai. Falava filialmente com Ele nos momentos mais diversos da vida, mesmo quando estava no meio das multidões como daquela vez que externou o seu amor de Filho, exclamando tão espontaneamente: “Graças te dou, Pai, porque ocultastes estas coisas aos sábios e as revelastes aos pequeninos.” Ele mostrava um Pai do Céu paternal como aquele ancião judeu que foi ao encontro do filho pródigo que voltava e, sem deixar que ele terminasse suas lamúrias, o enlaçou num abraço com seu manto largo e acolhedor.
Em resumo, os Mestre da Lei escravizavam e desuniam; Jesus levava-os à liberdade e os unia.
-“Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau.”
O Judaísmo, por falta dos esclarecimentos e conhecimentos que hoje temos, atribuía a epilepsia, a histeria e outras doenças nervosas à possessão demoníaca ou à influência dos maus espíritos. Então, algumas doenças nervosas que faziam os doentes delirarem, terem convulsões, estorcerem-se ou lançarem olhares esgazeados, falarem coisas sem nexo ou gritarem eram tidos como se um espírito mau estivesse agindo dentro do indivíduo. Talvez, essa passagem de Marcos seja um desses casos. Não se trata aqui de negar que possa haver a possessão demoníaca do homem, mas é que os casos de possessão são raríssimos tanto antigamente como no mundo hodierno.
Também há um segundo agravante no caso presente. Os judeus acreditavam que toda doença era castigo de um pecado pessoal do doente. Sendo assim, o doente que, nesse episódio, estava precisando de mais carinho e paciência para alívio de sua doença, recebia os maus olhares de discriminação. Mas, nessa passagem de Marcos, como fazia parte da missão de Jesus curar todas as doenças do corpo e do espírito na luta incessante do Reino de Deus, como diz Frei Clarêncio Neotti OFM, o doente foi agraciado de qualquer forma.
-CONCLUSÕES:
-Será que compreendemos a diferença entre os discursos dos Doutores da Lei e os de Cristo?
-Como andam os nossos próprios discursos: exigentes demais e discriminantes como os dos Doutores da Lei ou compreensivos e adoráveis como os de Jesus?
-Será que o nosso movimento ou pastoral está-se limitando a catequizar, sem ligar para o congraçamento entre os membros, o conhecimento uns dos outros, incluindo a ajuda dos irmãos mais carecidos?
Por Francisco Valmir Rocha - Membro da Pastoral Bíblica de Camocim/CE
-“Todos ficavam admirados...pois (Ele) ensinava como quem tem autoridade, não como os Mestres da Lei.”(...)
Jesus ensinava como quem tem autoridade por causa:
-Da vivência do que ele ensinava. Com ele estava se realizando o que os profetas tinham predito tempos atrás.
-Jesus ensinava sob a ação do Espírito Santo.
-Ele não discriminava. Os Mestres da Lei pregavam um Deus que distribuía para uns as bênçãos da riqueza e para outros a pobreza e a doença.A segregação da classe pecadora dividia e acabrunhava o povo. O pecador não podia ser visitado nem receber em casa alguém para um almoço. O próprio olhar afetuoso de Jesus dirigido igualmente a todos conquistava a preferência da população a partir dos mais humildes.
-Finalmente, Jesus, que não suprimia os profetas nem desprezava as leis, inaugurava uma maneira nova de apresentar o Pai do Céu. Não o apresentava entre raios e trovões nem fazendo tremer os que o ouviam como no monte Sinai. Falava filialmente com Ele nos momentos mais diversos da vida, mesmo quando estava no meio das multidões como daquela vez que externou o seu amor de Filho, exclamando tão espontaneamente: “Graças te dou, Pai, porque ocultastes estas coisas aos sábios e as revelastes aos pequeninos.” Ele mostrava um Pai do Céu paternal como aquele ancião judeu que foi ao encontro do filho pródigo que voltava e, sem deixar que ele terminasse suas lamúrias, o enlaçou num abraço com seu manto largo e acolhedor.
Em resumo, os Mestre da Lei escravizavam e desuniam; Jesus levava-os à liberdade e os unia.
-“Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau.”
O Judaísmo, por falta dos esclarecimentos e conhecimentos que hoje temos, atribuía a epilepsia, a histeria e outras doenças nervosas à possessão demoníaca ou à influência dos maus espíritos. Então, algumas doenças nervosas que faziam os doentes delirarem, terem convulsões, estorcerem-se ou lançarem olhares esgazeados, falarem coisas sem nexo ou gritarem eram tidos como se um espírito mau estivesse agindo dentro do indivíduo. Talvez, essa passagem de Marcos seja um desses casos. Não se trata aqui de negar que possa haver a possessão demoníaca do homem, mas é que os casos de possessão são raríssimos tanto antigamente como no mundo hodierno.
Também há um segundo agravante no caso presente. Os judeus acreditavam que toda doença era castigo de um pecado pessoal do doente. Sendo assim, o doente que, nesse episódio, estava precisando de mais carinho e paciência para alívio de sua doença, recebia os maus olhares de discriminação. Mas, nessa passagem de Marcos, como fazia parte da missão de Jesus curar todas as doenças do corpo e do espírito na luta incessante do Reino de Deus, como diz Frei Clarêncio Neotti OFM, o doente foi agraciado de qualquer forma.
-CONCLUSÕES:
-Será que compreendemos a diferença entre os discursos dos Doutores da Lei e os de Cristo?
-Como andam os nossos próprios discursos: exigentes demais e discriminantes como os dos Doutores da Lei ou compreensivos e adoráveis como os de Jesus?
-Será que o nosso movimento ou pastoral está-se limitando a catequizar, sem ligar para o congraçamento entre os membros, o conhecimento uns dos outros, incluindo a ajuda dos irmãos mais carecidos?
Por Francisco Valmir Rocha - Membro da Pastoral Bíblica de Camocim/CE
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