
Finitude pulgente que sufoca e apaga a centelha de Deus que ainda fumega em nossa alma resumindo tudo a um mar sombrio de ilusões e aparências. Que o bom Deus não nos deixe perder a capacidade de ver com o coração o que os olhos não conseguem vislumbrar, de acreditar mesmo sem o consolo da compreesão, de sonhar ainda que sejamos tragados todos os dias por uma realidade fria e insensata. A vida, dom por excelência, é certamente muito mais do que o aqui e agora, o temporal e o perecer finito de nossos dias. A vida é mais do que esse ritmo louco que nos absorve completamente, roubando de nós o encanto da descoberta, a novidade de cada dia, de cada olhar. Oxalá, nunca perdêssemos a reveladora sacralidade de cada dia, os detalhes quase imperceptíveis de nossos caminhos e veredas, a esperança que nos faz melhores.
O que é o homem? Quem realmente somos? Um constante recomeçar, um número infinito de possibilidades, uma mescla confusa entre o divino e o humano. Nessa perspectiva, as escolhas pessoais serão determinantes, porque seremos o que quisermos ser. Chaplin nos deixou essa sabedoria: "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos".
Por César Augusto Rocha - coordenador do Conselho Diocesano de Leigos/as
Nenhum comentário :
Postar um comentário