Foi na primeira metade dos anos ´70 que esse canto começou a ecoar timidamente nas liturgias de algumas igrejas, ferindo piedosos ouvidos e perturbando almas puras. Como pode? Que Jesus é esse que dorme embriagado, maltrapilho, feito marginal ou ganhando a vida no imundo meretrício?(...)
Tamanho desrespeito foi um Deus nos acuda. De lá para cá, as palavras mais “desrespeitosas” foram suprimidas e o canto aparecendo em doses cada vez mais homeopáticas até o sumiço quase total.
Enquanto isso eles e elas, moradores de rua, viciados, maltrapilhos, prostitutas, encarcerados e torturados, crianças viciadas em "crack" empunhando revólver e um interminável número de excluídos da vida continuam a via-sacra de cada dia.
Terça-feira desta semana santa, as pastorais sociais da arquidiocese de Fortaleza percorreram – em silêncio - o centro da cidade, para despertar a consciência de tantos cristãos, pra lá de pós modernos, adoradores do Cristo das igrejas "light" onde a cruz não passa de enfeite estético.
... passa fome...
...está sem casa...
... dorme pelas beiras das calçadas...
... é analfabeto...
... vive mendigando um subemprego...
... vive atrás das grades da cadeia...
... é maltrapilho...
... entre nós está e nós o desprezamos!
FONTE: Blog do Pe. Marcos Passerini


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