Nossa sociedade conseguiu realizar uma imensa proeza. Tirou Jesus do presépio e esvaziou o Natal da presença do Menino das Palhas, do Deus que vem nos visitar. Os grandes centros comerciais do país ignoram a mensagem cristã: luzes, brilhos, dourados, temática de bichinhos para atrair as crianças....e nada de presépio(...) Come-se, bebe-se, há presentes trocados, mas sem Jesus, Aquele que é a alma do Natal.
“Para conquistar os homens, elevá-los a si, para falar com eles, Deus veio a este mundo como criança; como um balbucio que é fácil sufocar. E, de fato, as pessoas o sufocam... Sufocam-no fazendo do Natal a festa da sociedade de consumo, do esbanjamento, do institucionalizado, festa dos presentes e das decorações luminosas, do décimo terceiro salário, dos espumantes e panetones; festa de certa poesia generalizada, de um difuso sentimentalismo com verniz de generosidade e emoção. Outros sufocam o Deus-Menino impedindo-o de crescer. Deus permanece criança por toda a vida; uma frágil estatueta de terracota, relegada a uma caixa, que se coloca no presépio uma vez por ano; é preciso um pretexto para dar aparência religiosa a este natal pagão. As palavras que esta criança trouxe aos homens não são ouvidas; são exigentes e inoportunas, enquanto um cristianismo adocicado é mais cômodo” (Missal Dominical da Paulus, p.80).
Exprime bem o sentido do Natal este texto judeu-cristão do século II atribuído a um certo Salomão:
Deus assumiu meu rosto
Seu amor por mim
humilhou sua grandeza.
Ele se fez semelhante a mim
para que eu o receba.
Fez-se semelhante a mim
para que eu possa revestir-me dele.
Ao vê-lo não tive medo
porque ele é a misericórdia para mim.
Assumiu minha natureza
para que eu o compreenda,
assumiu um rosto
para que eu não me afaste dele.
Natal é Deus conosco e a festa da encarnação do Verbo:
"Aquele que por sua natureza era igual ao Pai aniquilou-se assumindo a condição de escravo: despiu-se da majestade e do poder, não porém da bondade e da misericórdia. De fato, o que diz o Apóstolo? A bondade e a humanidade de Deus, nosso salvador se manifestaram (Tt 3,4). Seu poder aparecera anteriormente na criação do universo, e sua sabedoria se manifestava no governo de todas as coisas, mas a doçura de sua misericórdia apareceu sobretudo, agora, na sua humanidade"(S. Bernardo de Claraval)
Por Frei Almir Ribeiro Guimarães, ofm
“Para conquistar os homens, elevá-los a si, para falar com eles, Deus veio a este mundo como criança; como um balbucio que é fácil sufocar. E, de fato, as pessoas o sufocam... Sufocam-no fazendo do Natal a festa da sociedade de consumo, do esbanjamento, do institucionalizado, festa dos presentes e das decorações luminosas, do décimo terceiro salário, dos espumantes e panetones; festa de certa poesia generalizada, de um difuso sentimentalismo com verniz de generosidade e emoção. Outros sufocam o Deus-Menino impedindo-o de crescer. Deus permanece criança por toda a vida; uma frágil estatueta de terracota, relegada a uma caixa, que se coloca no presépio uma vez por ano; é preciso um pretexto para dar aparência religiosa a este natal pagão. As palavras que esta criança trouxe aos homens não são ouvidas; são exigentes e inoportunas, enquanto um cristianismo adocicado é mais cômodo” (Missal Dominical da Paulus, p.80).
Exprime bem o sentido do Natal este texto judeu-cristão do século II atribuído a um certo Salomão:
Seu amor por mim
humilhou sua grandeza.
Ele se fez semelhante a mim
para que eu o receba.
Fez-se semelhante a mim
para que eu possa revestir-me dele.
Ao vê-lo não tive medo
porque ele é a misericórdia para mim.
Assumiu minha natureza
para que eu o compreenda,
assumiu um rosto
para que eu não me afaste dele.
Natal é Deus conosco e a festa da encarnação do Verbo:
"Aquele que por sua natureza era igual ao Pai aniquilou-se assumindo a condição de escravo: despiu-se da majestade e do poder, não porém da bondade e da misericórdia. De fato, o que diz o Apóstolo? A bondade e a humanidade de Deus, nosso salvador se manifestaram (Tt 3,4). Seu poder aparecera anteriormente na criação do universo, e sua sabedoria se manifestava no governo de todas as coisas, mas a doçura de sua misericórdia apareceu sobretudo, agora, na sua humanidade"(S. Bernardo de Claraval)
Por Frei Almir Ribeiro Guimarães, ofm
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