Presidente da CNBB comenta “Caritas in veritate”BRASÍLIA, quinta-feira, 16 de julho de 2009 - O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Geraldo Lyrio Rocha, considera que a nova encíclica de Bento XVI, "Caritas in veritate", traz palavras “iluminadoras” e que a mentalidade laicista não pode obscurecê-la.
“Sábias, oportunas e iluminadoras as palavras do Santo Padre, que reafirma o desenvolvimento como uma ‘vocação’ do homem, mas que só poderá ser alcançado plenamente se respeitar os princípios que considerem o ser humano como criatura predileta de Deus, revestido de uma dignidade que não pode ser sacrificada pelas leis da economia destituídas da ética e da caridade na verdade”, afirma(...)
Em artigo difundido pela CNBB nessa terça-feira, Dom Geraldo Lyrio afirma que a mentalidade laicista “que se expande de forma incontrolável e, às vezes, irracional, não pode obnubilar o ensinamento da Igreja”.
A Igreja, “vocacionada para o serviço à humanidade, chama a atenção para os desvios de um desenvolvimento centrado em si mesmo e orientado para o homem como se ele, autosuficiente, fosse fim em si mesmo. Nesse sentido, o Papa Bento XVI recorda o papel imprescindível do Estado de garantir a liberdade religiosa como condição também para o desenvolvimento”.
"Quando o Estado promove, ensina ou até impõe formas de ateísmo prático, tira aos cidadãos a força moral e espiritual indispensável para se empenharem no desenvolvimento humano integral e os impede de avançar com renovado dinamismo no próprio compromisso de uma resposta humana mais generosa ao amor divino", cita Dom Geraldo.
O arcebispo recorda que não cabe à Igreja propor soluções técnicas para os problemas da economia, mas que ela tem direito de iluminar com a sabedoria do Evangelho os caminhos dos que buscam essas soluções.
“Assim é que o Papa, mais uma vez, insiste na ética, também para a economia, como condição ‘sine qua non’ para um desenvolvimento que se pretenda humano.”
De acordo com o presidente da CNBB, com o Papa, “podemos dizer que temos um grande desafio, que é mostrar que os princípios tradicionais da ética social como a justiça, a transparência, a honestidade e a responsabilidade "‘podem e devem encontrar lugar dentro da atividade econômica normal’".
Dom Geraldo Lyrio espera que a encíclica “inspire as nações na sua irrenunciável busca de caminhos para a superação da crise em vista de um desenvolvimento que coloque no centro a pessoa humana, sobretudo os pobres, defenda a vida em todas as suas formas de manifestação e elimine as desigualdades que ofendem o Criador que nos fez à sua imagem e semelhança”.
FONTE: ZENIT


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