Os católicos não adoram a imagem ilustrativa da cruz, mas através dela recordam e cultuam Aquele que nela morreu por nós. A cruz, não é mais símbolo de morte e sofrimento, mas sim de vida e salvação. É sinal de Redenção, expressão viva de amor, certeza de esperança na vida eterna e convite para carregarmos com alegria a nossa própria cruz. As imagens católicas não são "ídolos", são apenas sinais de lembrança, objetos sagrados que estimulam a nossa oração e nos fazem lembrar realidades muitos maiores. A sagrada escritura nos assegura que o próprio Deus mandou que se fizessem imagens, conforme lemos em Ex 25, 18-20/ Nm 21, 8-9/ I Rs 6, 23-35. No que se refere a proibição divina de Ex 20, 4, precisamos interpretá-la corretamente. Ela não se refere a toda e qualquer imagem indistintamente, mas sim aos ídolos pagãos que alguns povos politeístas adoravam, principalmente no Antigo testamento. Conhecendo o texto original desta passagem no Antigo testamento, em hebraico, percebemos que na realidade o termo usado é "pesel", o que em grego se diz "eidolon", que se traduz "ídolo", ou seja, uma representação de uma divindade. Ora, a Igreja nunca ensinou que os santos/as da fé cristã são deuses ou deusas, portanto, não são ídolos. Contextualizando o trecho (Ex 20,4), entendemos que a sua finalidade era mostrar o cuidado e a proteção de Deus para com seu povo eleito, a fim de que este não se deixasse influenciar por tantas culturas alheias à fé no único e verdadeiro Deus. Não tenhamos pois, receio de venerar as relíquias e imagens sagradas.
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