O SIGNIFICADO DA SEMANA SANTA

A Semana Santa é o período em que os cristãos celebram a Paixão (subida de Jesus Cristo ao Monte Calvário), Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, acontecimentos centrais da história da humanidade.
Para muitos, um feriado; para outros, uma devoção; para o comércio, oportunidade fantástica de vendas; para outros ainda, um momento especial de meditação, oração e renovação da fé. E para você, o que significa “viver a semana santa”?
Existe um jeito, um lugar, um momento muito especial no qual aprenderemos a “viver a semana santa”. É o que nos aponta o saudoso Papa Paulo VI: “Se há uma liturgia que deveria encontrar-nos todos juntos, atentos, solícitos e unidos para uma participação plena, digna, piedosa e amorosa, esta é a liturgia da grande semana. Por um motivo claro e profundo: o Mistério Pascal, que encontra na Semana Santa a sua mais alta e comovida celebração, não é simplesmente um momento do Ano Litúrgico: ele é a fonte de todas as outras celebrações do próprio Ano Litúrgico, porque todas se referem ao mistério da nossa redenção, isto é, ao Mistério Pascal”.
Eis o sentido do que significa “viver a semana santa”: fazer memória do mistério do amor de Deus que se manifestou na entrega confiante de Jesus ao Pai, até a morte na cruz, por fidelidade à sua missão. Mais ainda, significa celebrar o mistério do amor de Deus que sustentou Jesus em seu calvário e o ressuscitou, o glorificou, o fez sentar-se à sua direita, constituindo-o Cristo, Messias e Senhor.
“Viver a semana santa” significa fazermos memória destas ações maravilhosas de Deus. Mais, saber que estamos “re-vivendo” todos estes fatos. “De geração em geração, cada um de nós é obrigado a ver-se a si próprio, com os olhos penetrantes da fé, como tendo ele mesmo estado lá no Calvário, na primeira sexta-feira santa, e diante do sepulcro vazio, na manhã da ressurreição. Hoje, todos nós, aqui reunidos para celebrar a eucaristia, estávamos lá, prontos a morrer na morte de Cristo e a ressuscitar em sua ressurreição. Será exatamente nossa comunhão com o corpo sacramental do verdadeiro Cordeiro que nos tornará realmente presentes àquele eterno presente” (Césare Giraudo, Redescobrindo a Eucaristia. São Paulo, Loyola, 2002, p. 83).
S. Gregório de Nazianzo, bispo do séc. IV, certamente também nos dá uma dica de como “viver a semana santa”, afirmando com sabedoria: “Se és Simão Cireneu, toma a cruz e segue a Cristo. Se, qual o ladrão, estás crucificado com Cristo, como homem íntegro, reconhece a Deus. Adora aquele que foi crucificado por tua causa. Se és José de Arimatéia, pede o corpo a quem o mandou crucificar; e assim será tua a vítima que expiou o pecado do mundo. Se és Nicodemos, aquele adorador noturno de Deus, unge-o com perfumes para a sua sepultura. Se és Maria, ou a outra Maria, ou Salomé, ou Joana, derrama tuas lágrimas por ele. Levanta-te de manhã cedo, procura ser o primeiro a ver a pedra do túmulo afastada, e a encontrar talvez os anjos, ou melhor ainda, o próprio Jesus” (Liturgia das Horas, vol. II, p. 352).
Aí sim, poderemos exclamar: “FELIZ PÁSCOA!”
Veja o significado litúrgico dos principais dias da semana santa:
- Domingo de Ramos
- Segunda-feira Santa
- Terça-feira Santa
- Quarta-feira Santa ou Quarta-feira de Trevas (Nesse dia realiza-se a celebração do encontro e o ofício de trevas)
- Quinta-feira Santa ou Quinta-Feira de Endoenças
- Sexta-feira Santa (neste dia a Igreja se abstém do sacrifício da Missa)
- Sábado Santo (Neste dia a celebração se divide em: Liturgia da Luz, Liturgia da Palavra, Liturgia Batismal e Liturgia Eucarística)

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