CARNAVAL, UMA OFENSA AO CORAÇÃO DE JESUS

Já está próximo o tempo da Festa das Carnes – o Carnaval.

Não nos é possível omitir uma palavra sobre esse tempo que é, para muitos, motivo de irritação e para outros tantos, motivo de condenação.

Parece-nos bem justo que comecemos a falar com o exemplo dos Santos:

São Francisco de Sales dizia ser o carnaval o tempo de suas dores e aflições, e naqueles dias fazia o retiro espiritual para reparar as graves desordens e o procedimento licencioso de tantos cristãos(...)


São Vicente Ferrer dizia que o carnaval é um tempo infelicíssimo, no qual os cristãos cometem pecados sobre pecados, e correm à rédea solta para a perdição.

O Servo de Deus, João de Foligno, dava ao carnaval o nome de vindima do diabo.

Santa Catarina de Sena, referindo-se ao carnaval, exclamava entre soluços: “Oh! que tempo diabólico!”

São Carlos Borromeu jamais podia compreender como cristãos tenham podido conservar este perniciosíssimo costume do paganismo.

Escreve Santa Faustina Kowalska: “Nestes dois últimos dias de carnaval conheci um grande acúmulo de castigos e pecados. O Senhor deu-me a conhecer num instante os pecados do mundo inteiro cometidos neste dia. Desfaleci de terror e, apesar de conhecer toda a profundeza da Misericórdia Divina, admirei-me que Deus permita que a humanidade exista” (Diário, 926).

Santa Margarida Maria de Alacoque escreve: “Numa outra vez, no tempo de carnaval, apresentou-se-me, após a Santa Comunhão, sob a forma de Ecce Homo, carregando a cruz, todo coberto de chagas e ferimentos. O sangue adorável corria de toda parte, dizendo com voz dolorosamente triste: Não haverá ninguém que tenha piedade de mim e queira compadecer-se e tomar parte na minha dor no lastimoso estado em que me põem os pecadores, sobretudo nesses dias?”

Portanto, caríssimos, me parece bem claro que este tempo de imoralidades e desavergonhamentos é de todo reprovável para o bom Católico.

Talvez pudesse alguém me contradizer, alegando que depende de cada um, que é possível passar pelo Carnaval sem cometer ofensas a Deus. Para essa defesa respondo o seguinte: “Podemos nós, Católicos, cheios de Amor de Deus, ainda que não cometamos, presenciar tantas ofensas feitas ao Santíssimo Criador e ainda assim nos julgarmos inocentes? Podemos deixar o Amabilíssimo Coração de Nosso Senhor sofrer tantas injúrias sem que O defendamos com até mesmo o nosso sangue e ainda nos acharmos livres de culpa?”

De qual espécie é a nossa Fé em Deus e na Santa Religião?

Estamos em tempos ecumênicos, onde devemos aprender com o que há de bom e positivo nas outras religiões. Absorvamos, então, o zelo que têm os mulçumanos com a memória de Maomé. Qualquer ofensa provoca uma guerra.

Não é nosso Deus infinitamente maior que Maomé? Não é Ele muito mais digno de proteção e de zelo?

Já se diz aqui no Brasil, não sem apoio de grande maioria de ‘católicos’ que o Carnaval é a festa sem regras, onde tudo é permitido. Onde o sexo, as drogas (lícitas ou ilícitas), a imoralidade, a bagunça e a desordem se tornam o ‘código de conduta’ e lembrar de Deus nesses dias é violar o tal código.

São Pedro Claver nos ensina como deve ser vivido o verdadeiro Carnaval:

Um oficial espanhol viu um dia São Pedro Claver com um grande saco às costas.

— Padre, aonde vai com esse saco?

— Vou fazer carnaval; pois não é tempo de folgança?

O oficial quer ver o que acontece: acompanha-o.

O Santo entra num hospital. Os doentes alvoroçam-se e fazem-lhe festa; muitos o rodeiam, porque o Santo, passando com eles uma hora alegre, lhes reparte presentes e regalos até esvaziar completamente o saco.

— E agora? – pergunta o oficial?

— Agora venha comigo; vamos à igreja rezar por esses infelizes que, lá fora, julgam que têm o direito de ofender a Deus livremente por ser tempo de carnaval.

Eis o nosso modelo!

Queiramos que esse carnaval seja diferente e que todos os nossos carnavais passem a ser Católicos meios de testemunhar nossa Fé.

Outro exemplo para nossa edificação:

Conta-se que, em represália aos excessos do carnaval florentino, organizou Savonarola em 1496 uma procissão de 10.000 jovens, que desfilou pelas ruas principais da cidade cantando hinos religiosos de penitência. Chegando a uma praça, onde se erguera uma grande pirâmide de livros maus, recolhidos com antecedência, a um sinal dado, deitaram-lhes fogo. Ao mesmo tempo soavam as trombetas da “Signoria”, repicavam os sinos de São Marcos e a multidão prorrompia em aclamações. Encerrou-se a função com uma missa solene no meio da praça, onde foi erguido um grande Crucifixo.

Será que os Excelentíssimos senhores Bispos e os Reverendíssimos senhores Padres fazem o mesmo hoje? Será que possuem essa coragem e convicção? E nós, aderiríamos a essa procissão? Teríamos coragem de sermos olhados pelos nossos amigos nesse ato? Ou daríamos mais valor à humana amizade, que acaba no menor contragosto e em tantas vezes nos afasta de Deus?

Hoje invertemos os nossos valores... Jesus, Nosso Senhor, revelou à Santa Margarida Maria Alacoque: “...carregando a cruz, todo coberto de chagas e ferimentos. O sangue adorável corria de toda parte, dizendo com voz dolorosamente triste: Não haverá ninguém que tenha piedade de mim e queira compadecer-se e tomar parte na minha dor no lastimoso estado em que me põem os pecadores, sobretudo agora?”

Voltemo-nos, Católicos!!! Voltemo-nos ao Senhor e Não endureçamos nosso coração.

Peçamos à Santíssima Virgem que nos dê a graça de, como Ela, seguir Seu Bem-amado Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo.

FONTE: SITE VIRTUS IN MEDIO

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