
“Queremos retomar uma reflexão e uma caminhada de compreensão da cidade e da pastoral urbana que já foi feita há algum tempo. Na América Latina, 80% da população vivem na cidade. No contexto da Conferência de Aparecida, a missionariedade pôs em evidência a cultura com o mundo urbano”, disse o diretor.
Segundo padre Agenor, a dificuldade de evangelizar as cidades está nas estruturas de evangelização, nos métodos e na linguagem. “Em relação às estruturas, estamos ou com uma pastoral apoiada na paróquia tradicional, com critérios territoriais e de vizinhança ou apostando numa Igreja de movimentos que são voltados para si mesmos, sem a presença missionária, ou seja, para fora”, explica. “Nossos métodos ainda são verticalistas, clericais, centralizadores, com a ação muito voltada para o religioso. Em relação à linguagem, temos dificuldades de usar o simbolismo urbano”, completa.
Formado por teólogos e cientistas sociais, o INP foi criado em 1971 para prestar serviço à Igreja nos campos da reflexão teológica e pastoral e da formação dos agentes de pastoral. Deste seminário, participam, além dos 15 integrantes do Instituto, os assessores da CNBB e os secretários executivos dos Regionais da CNBB.
Segundo padre Agenor, o INP ficou um pouco escondido nos últimos anos porque houve um certo distanciamento da reflexão e do debate na Igreja. “Colocou-se em segundo plano o planejamento, caiu-se no pragmatismo pastoral, eventos, pastoral mais de realizações pontuais que processuais. Isso tudo por causa da crise da sociedade, da utopia, que também atingiu a Igreja”, esclarece o diretor.
Esta fase, de acordo com padre Agenor, já passou e o INP agora “é mais demandado, mais solicitado”. “Estamos saindo do marasmo e apostando de novo na comunidade, na formação, nos ministérios. Com a Conferência de Aparecida, a Igreja do Vaticano II volta”.
Para 2010, o INP prevê um novo seminário sobre a Pastoral Urbana com a participação também dos coordenadores diocesanos e outros convidados. “O que queremos é subsidiar as dioceses com a reflexão para que compreendam o mundo urbano e, assim, possam mobilizar os coordenadores de pastoral para que dinamizem a pastoral urbana e a produção de subsídio para isso”, lembra padre Agenor.
FONTE:
http://www.cnbb.org.br/ns/modules/news/article.php?storyid=2500
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